vitor
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Olá amigos.
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« em: Janeiro 17, 2009, 10:18:33 » |
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Vontade nenhuma para nada a não ser mergulhar para dentro, perscrutar estes restos amorfos de riscos assassinos na parede, ouvir a cor adornada do silêncio e por todos os cantos a colisão fictÃcia da vontade comigo nesta lúgubre viagem de vida refractária na pele aos quadrados e contra as cores lúdicas da saudade, ou por que quisesse eu o frio Pandora, sentisse dele o seu efeito picar-me ao longe o caminho e esta estrada a casa dos instantes, a orla das vaidades vendidas por ocasião dos natais, efervescer-me entre eles como um silêncio faz de si um remoto cadafalso, cobre-me caso consigas com a tua voz aos soluços e foge comigo a um nenhum nada ou coisa de ninguém que passe a ser nosso, um ventre rasgado pelo sinal cinéfilo das sinetas da igreja a bajular a vila, a vida, a arte, o nada. E durmo. Não. Não durmo sozinho sinto. Não durmo estas esquadras mercantis da falésia, da fúria, da ira, talvez um dia a noite me faça sucumbir por entre os gritos da necessidade e dormir sem vaidade ou verdade ou que importa idade, queria apenas um descanso de anjo nem que seja em mãos adornadas de inferno numa praia escondida num leste de crostas barradas de quatro paredes a invocarem um destino mais, um declÃnio adormecido entretanto, jardins na celeste ira do tempo, como chove, que chuva cinzenta nesta escadaria de ninguém, que pingam sabes, como zumbem sobre mim os recados que te conto e depois, como queria claro, contigo remar num lago de falésias esquecidas entre humanos remoinhos de peixes lacrados e ventos norteados e sonhos encarnados e tudo o resto inventariamos depois de tudo sarado e o nosso sono conseguido. Parte nenhuma provavelmente conhecerá o sabor distorcido das minhas pupilas iradas contra badalos e ventos guardados em que mala? Diz-me se é que sabes, ao menos o zumbido de retornos tresmalhados na opulência dÃspar dos gestos, no refugo roto da tua mala entre trincheiras de pó dedadas vasculhantes irromperem sem que saibam por ela num respirante desespero, ouvindo-te em gemidos de fúria inventada contra as buscas vazias parte nenhuma de alguém onde possa eu estar, parte nenhuma de nada são a única certeza que ainda assim me sei dizer.
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