vitor
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Olá amigos.
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« em: Janeiro 17, 2009, 10:23:57 » |
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Este desterrado mar sacia e sigo. Frio como a noite, ouvir de ti jamais, frio este desalojado ou despojado recanto das unhas as arfarem as carnes sedentas, frio, sente garanto irás gostar não sei se direi, de costas o rosto vazio das vozes sabes bem que sim jamais me esqueceria e tu Pandora, nos âmago longo duns lençóis acordados como Ãlhavo aos saltos nesta debanda avulsa de hotéis de carne e escrúpulos, a rasgar ânsias numa redoma não sei se antiga, os espelhos baços do magusto quente eras tu, na haste do ventre a sedimentar o riso que não sei dele, o riso que me amarga encontrar, o riso que me foge faz tempo, o riso que me escapa como os anos que me largam a vida assim nesta pálida dissertação de cacos alojados no soalho descalço a rasgar sem que sinta a minha saudade aos mortos solenemente, como se fosse mais vida lentamente a desaguar-me sem rumo este passo meu, e tu Pandora, ah, quentes os lençóis debruças de bruços num remar de braços alongados, na piscina branca de floreados um por baixo e por cima outro, quentes cabelos e beijos sedentos eu sinto e não contigo ainda me deito, frio é o que sinto e pensar se calhar não sei já. Dorme tu Pandora, dorme devagar com a calma lenta da felicidade, no despojo acérrimo do afecto, aperta-me contra as tuas lágrimas e não me deixes mais vez nenhuma cair por sobre este chão de vÃcios secos e absintos largados no despudor da dor. Aperta-me contra ti sem raiva, dorme Pandora.
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