CÃNTICO SEM TERRA

[Lana]

CÂNTICO SEM TERRA

Em mim persiste um cântico
desconcertante, melancólico
angustiante.
Cântico que não vem da Terra
sensação sem dom nem som.
Cântico que em vez de paz
me traz o pânico.

E sofro no meu Ser profundo
cantando num choro sumido
fecundo.
Cântico magoado, longínquo
cansado.
É soluço arrancado às raízes do meu Eu
como terra desventrada pela raiva
deste Mundo.

Retiro desta terra um torrão
duro e consistente
coisa aparente
pois num instante se desfaz na minha mão
bastando um leve toque
ligeiro aperto
ficando reduzido a coisa alguma
coisa nenhuma.
E assim como se esboroa o torrão
também pode extinguir-se esta canção.

Terra de cânticos misteriosos
Traz-me nos teus sons harmoniosos
Aquela voz que me atormenta....
Aquela voz que me sustenta.

(Do livro editado em co-produção "Duas Gotas... A Mesma Fonte"

Lana

[Joaquim Sustelo]

Lindo poema! Gostei.
Beijinho
Sustelo

[vilde]

Baptizaste-o em contradição
ao cântico da terra, mas a terra é outra,
 a do teu ser...
Que também canta, mesmo chorando
nesse teu jeito de escrever.

Um Beijo
vilde

[Lana]

Olá amigos

SURTELO
           VILDE
                  DOMINGOS DA MOTA


Muito obrigada pelos vossos comentários

Abraço amigo
Lana

[Dete]

Lindo Lana...Muito lindo.
Parabéns!
Um beijo da
Dete

[Lana]

Olá Dete

Obrigada pelo seu comentário.

Um beijo amigo.
Lana