EQUILÍBRIO

[Lana]

Equilíbrio

(Poema Surrealista)


Uma perna ergue-se
desenhando o sol
um pé sobrevoou o céu
tornando-o cinzento
a perna queria outra perna
para não cair
o pé procurava a perna
no intuito de se lhe juntar.
Faltava outro pé...
estaria com a perna desaparecida?
Era bem possível.
Mas porque precisa um pé duma
perna?
E porque é preciso haver
duas pernas com pés?
O mesmo desvario s
e passa com as mãos
e os braços.
A história repete-se:
“Exigimos AUTONOMIA!”
gritam braços, mãos, pernas e pés.
A cabeça desequilibra-se
com tais reenvidicações
o coração bate de entusiasmo
a barriga dava voltas de satisfação
ao apoiar tanta destemperança,
mas justa.

Tudo se desmoronou
tudo se separou.
Braços caídos
mãos contorcidas
pernas pelos ares
pés perdidos no vento
cabeça apavorada
coração oprimido
barriga vazia.

Liliana Josué

[Goreti Dias]

Uma grande confusão. Tudo se separou?! Basta reunir as peças de novo!
Beijo

[Lana]

Agradeço a Goretidas e Domingos da Mota.

Vossos comentários são engraçados, divirto-me ao lê-los mas, fico sem saber a vossa opinião e isso, para mim, também é agradável, mesmo que seja desabonatória, a crítica é sempre positiva, desde que feita com dignidade.

Um abraço amigo.
Lana

[Lana]

Obrigada Domingos da Mota

Foi simpático da sua parte responder ao meu apelo.
Se lhe agradou o meu poema fico muito satisfeita pois, pelo que já li seu, considero-o um escritor por excelência.

Um abraço amigo.

[vilde]

Lana, se fosse quadro chamava-lhe:
A orgia.
Agora não me perguntes porquê?

Bj
vilde

[Joaquim Sustelo]

Uma curiosa confusão.Rsrsrsrs
Beijinho

[Lana]

Olá Sustelo

Obrigada pelo seu comentário.
A confusão faz parte de nós; do nosso interior semi-conhecido. E se ler atentemente verá que, apesar de não parecer, o poema etá com coerência.

A abraço amigo.