Ouve-se lá Longe...

[Tino Saganho]

Ouve-se lá Longe...

Ouve-se lá longe... o sino a tocar
E, pelo toque, é alguém falecido
Que, depois do seu tempo já vivido
Lá vai, no fim da vida, a enterrar.


Este triste e fatal anunciar
Que nos rouba o amigo e o querido...,
É algo que me deixa deprimido
E me faz nesta vida meditar.


A mesma sorte nos há - de calhar
E não haverá discriminação,
Porque o destino assim o quis ditar.

E depois de nós outros  seguirão,
Numa cadência que vai perdurar
P´la vida fora, em cada em geração.

          Tino Saganho

[Dionísio Dinis]

Assim se faz e se desfaz a vida, e assim se faz  poesia!

[helenacosta]

 Tino,

 Esse som também, me deixa deprimida!

 Beijo
 Helena

[vilde]

Féretro

Vai um silêncio de morte
de cortar o coração!
A cruz confirma o corte,
em batina de sacristão!

Passeio de passos lentos
dos amigos mais chegados;
os familiares atentos
conterrâneos mais amados

Vai um silêncio de morte
na direcção do além!
A pé, louvando a sorte
da morte perto dos cem

É um silêncio que grita
em todos, a despedida;
Pedra e pó no ar se agita
nesse adeus pra outra Vida


13/08/07
Mavilde Lobo Costa
(In Para sempre)

Tino, não leve a mal
mas resolvi comentá-lo com este poema sobre o mesmo tema.
Um funeral a que assisti, numa aldeia do transmontana.
Bj
vilde

[Tino Saganho]

Ao Dionísio, Helena, Domingos da Mota e Vilde o meu agradecimento pela visita e comentário. Tino

[Goreti Dias]

Sei bem do que falas... ó se sei!
Um soneto bem construído, aliás como é habitual em ti. O ritmo, a mensagem e a técnica aliados.
Beijo

[Tino Saganho]

Oi Goreti. Sei que sabes....
Obrigado pela visita e comentário