Hortos’olhos beijam madrugadas, meu amor

[Mel de Carvalho]

Hortos’olhos beijam madrugadas, meu amor,
outros olhos nos olham sem entender,
se afogamos silêncios tão perversos
em palavras asfixiadas no peito, sem dizer.

Hortos’olhos, gestos verdes, eternos cantos,
embalam sonhos no meu corpo de mulher
e na metade do que fui e qu’inda resta,
abandonada à soidade
morre viva, amado, de nós, comum vontade,
quando, na lágrima e na saliva incendiadas
se represam fátuas as palavras,
e opróbrios, caudalosos e mudos,
nos sabemos reclusos em próprios actos.

Hortos’olhos, amado, abraçam a lua
que expira a cada noite,
desenhada fria e pálida na calçada!

Hortos’olhos aniquilam toda a luz em alvorada…

[Goreti Dias]

Bem diferente do usual... igualmente bela!
Um abraço!

[Mel de Carvalho]

Bem diferente do usual... igualmente bela!
Um abraço!

Obrigado, Goreti, pelas tuas leituras.
Bjs.

[Zélia]

Mel, seus poemas são muito bem escritos! Admiro você! Beijos no seu coração...

[Luis F]

Como sempre mais um belo momento.

Deixo-me levar pelas palavras

Bjs

[Mel de Carvalho]

Mel, seus poemas são muito bem escritos! Admiro você! Beijos no seu coração...

Zélia, sinceramente te agradeço as palavras, o carinho, a permanência nos meus textos.

Beijo enorme
Mel