Travessia poética

[Karla Bardanza]

                
Longa reta me leva de volta
Para dentro de mim mesma.
Paisagens bruscas, caminhos
De algum desconhecimento
E clara escuridão.

Viagem por atalhos, ruas
Nuas, poemas vagando e
Escorrendo pelos olhos.
Eu na contramão, eu seguindo
Sempre em frente sem pegar
Os pedaços que ainda estão
No chão.

Quase frio, quase esplendor,
Um labirinto tão particular
Perto do céu, na esquina do
Mar.
E quando penso que cheguei,
O ponto ainda é o de partida.
A vida se ajusta aos meus contornos,
Sou peregrina e o paraíso deve
Estar entre as estrelas e a
Neve.

Leve destino este mistério
E me conceda um novo
Trajeto ao lado do vento,
Amigo andarilho desse meu
Tempo fora do tempo.

E me deixe sempre seguir essa
Terna travessia que sempre
Me leva de volta à poesia.

Karla Bardanza

                     

[Abgalvão]

Está no caminho certo...o da poesia! Gostei muito deste seu poema.
Beijo

[CAMPISTA CABRAL]

Travessia, travessia... Lembrei-me da música eternizada por Milton Nascimento... Gostei muito do tempo fora do tempo... É apenas na ação de caminhar que o próprio caminho se faz... Continue a sua travessia...

Um grande abraço!

[Goreti Dias]

Ainda bem! A gente gosta!
beijo

[Karla Bardanza]

Obrigada a cada um de vocês pelos comentários bacanas.Meu coração agradece.

Carinho

Karla Bardanza

[CAMPISTA CABRAL]

Continue suas travessuras poéticas em travessias como essa!!

Um grande abraço!