ferpereira
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« em: Junho 14, 2010, 17:13:48 » |
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On-line
“Vivemos no mundo quando o amamos” (R. Tagore)
Nos dias que correm, quem não vive com a tecnologia, não consegue sobreviver a um mundo cada vez mais tecnológico, cada vez mais rápido, que caminha a uma velocidade cada vez mais brusca, cada vez mais veloz, ultrapassando a velocidade do som e da luz. Quem é que aguenta passar um dia inteiro sem telemóvel? Sem enviar um sms e receber umas dez, ou sem mms? Mais do que uma semana sem ver o e-mail? Sem se aprazer com umas fotografias e uns vídeos digitais, que se podem fazer inúmeros exemplares? De ouvir uma música num mp3, ter um blog, um hi5, um myspace? Visitar um jornal on-line, ouvir rádio on-line, ler um livro on-line são tudo situações normais e nada assustadoras. Somos completamente dependentes da tecnologia. Embora haja muita gente que ainda não conhece estes termos, para muitos é tão normal como respirar. Claro que há muitos outros termos e até mais estranhos e mais delicados e até mesmo misteriosos que a cada dia vão aparecendo e que imediatamente ficam familiares. Em segundos temos as informações todas que precisarmos. Queremos saber as últimas notícias do dia? Vamos a um jornal nacional na internet e sabemos as novidades todas. Queremos saber o significado de uma expressão que desconhecemos ou que queremos conhecer melhor? Vamos a uma enciclopédia ou dicionário na internet e ficamos a saber tudo e mais qualquer coisa. Queremos saber as fofoquices? Queremos ver fotos de qualquer tipo? Ver vídeos de humor? Ver crónicas que lemos há dias num jornal? Na internet tem. Queremos fazer um trabalho do qual há pouca bibliografia nas livrarias e bibliotecas? Na internet, basta ir a um portal de busca, que encontra tudo o que precisa. Precisava de pão fresco, de um pé de alface para a salada do almoço, de papel higiénico que já está a fazer falta? Compre na internet e receba no mesmo dia da encomenda. E tudo isto em segundos, tudo isto on-line, na hora, just-in-time. Fazer downloads de músicas, livros, filmes. Fazer vídeo transferências. Falar pelo telefone num computador, teclar com alguém num qualquer país à mesma hora, recebendo as mensagens na hora. Vivemos no mundo on-line, no tempo do agora e já, onde podemos viajar por lugares impensáveis e magníficos sem sair de casa. Ir a festas, concertos, visitar os museus, ver um filme, uma peça de teatro, conhecer as novidades na música e cinema e as novas tendências da moda sem nos ausentarmos do sofá. [/pre] [/left] Terá a mesma graça comprar pão fresco sem ir a uma padaria e sentir o cheiro do pão? Não, não tem. É igual ver um filme num computador e sem sentir a adrenalina do escurinho do cinema? Não, é totalmente diferente. Ir a uma livraria e sentir o peso do livro, o cheiro a novo, as cores verdadeiras, folheá-lo, é melhor do que pedir pela internet? Sem dúvida que sim. Ler as notícias numa página da internet tem a mesma sensação do que ler um jornal verdadeiro, folheá-lo para trás e para frente, ver os pormenores que na internet não vemos, ao mesmo tempo que tomamos o café da manhã numa esplanada? Não me parece que a sensação seja a mesma. Isto só para dizer que, como tudo na vida, há as vantagens e desvantagens de querer viver num mundo em que tudo é rápido demais que nem dá tempo para reflectir, para pensar no que está certo ou errado ou se é mesmo útil e necessário algo que estamos a ver ou a fazer. Mesmo assim não devemos deixar de aproveitar o que a tecnologia nos dá, sempre, claro, com a responsabilidade e a ética de bons cidadãos. Afinal de contas devemos amar o mundo em que vivemos para poder viver com o que o mundo nos dá com muito amor.
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