Figas de Saint Pierre de
|
|
« em: Julho 20, 2010, 14:22:15 » |
|
NARIZ METEOROLÓGICO! O menino, nascera com um grande nariz, era mesmo um nariz muito grande! De tal modo que sua mãe punha seu menino a dormir de lado, nunca de barriga para baixo! Sua mãe já o levara a muitos médicos. Era muito engraçado quando levava seu menino à consulta! O médico chamava por ele e ficava muito admirado por ver entrar, primeiro aquele grande nariz, e só muito mais tarde é que entrava a cara!
Os doutores diziam que nada havia a fazer! O remédio era deixar o nariz crescer, crescer! Porém, para alguma coisa servia aquele nariz! Desde pequenino que o menino dava logo por ela; quando o leite, a ferver, deitava fora do testo! Acontecia o mesmo quando o arroz turrava na panela! Muitas vezes, até sabia o que nas casas da vizinhança acontecia!
Uma vez, na boda duma famÃlia, a dez kms de distância, cheirou-lhe a princÃpio de cabrito queimado! Sua mãe, que sabia qual a famÃlia que tal boda fazia, logo telefonou, para avisar. Se não fosse o menino, os convidados ficariam sem cabrito para almoçar!
Uma ocasião, na sua aldeia, cheirou-lhe a tempestade e pediu a sua mãe que avisasse toda a gente, para fechar as galinhas nas capoeiras e que guardassem todo o gado, e que trancassem todas as portas. Não quiseram acreditar. No final, foram galinhas, bois, cavalos, porcos e burros pelo ar! A partir daÃ, o povo começou a ter respeitinho pelo que o menino dizia e ficou muito feliz, por ter entre si um grande nariz, de grande seventia!
Quando foi para a escola, os novos colegas, que não o conheciam, estranharam aquele grande nariz, e logo começaram a troçar dele, mas foi sol de pouca dura, porque ele, um dia, sentiu cheiro a fumo, de fogo que ninguém via! Se não fosse ele, a escola ardia! Todavia, quando, mesmo assim, um ou outro colega dele troçava, ele, cheirando-o, logo lhe dizia há quantos dias ele não se lavava! E acertava!
As meninas eram muito amigas dele, porque ele sabia o perÃodo dos seus maus humores!
Na Universidade, doutorou-se em meteorologia. Mais tarde, até foi chefe do serviço do Instituto de Nacional do Tempo que Fazia!!
Quando tudo falhava: computadores e radares, ele ia para a janela, deitava seu gigante nariz de fora, e com grande seu saber farejava o tempo, que iria fazer e disso a todos avisava!
Quando fazia anos, normalmente, ofereciam-lhe grandes cotonetes ou pequenos aspiradores portáteis, para manter bem limpo seu grande nariz, que era o mais glorioso da sua aldeia e do seu paÃs! Já perto da reforma, foi condecorado!
Agora, para reinar um pouco, põe a medalha na ponta do nariz, dependurada! AÃ, ele fica um pouco curvado, sob o peso dum grande nariz, pelos grandes serviços prestados a seu paÃs! ..................xxxxxxxxxxxxx................ Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo (figas de saint pierre de lá-buraque) Gondomar
|