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Autor Tópico: Concurso "Cartas ao desbarato"  (Lida 131642 vezes)
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Dionísio Dinis
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« Responder #165 em: Janeiro 20, 2011, 19:13:44 »

Este concurso promete...
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Pensar amar-te, é ter o acto na palavra e o coração no corpo inteiro.
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« Responder #166 em: Janeiro 20, 2011, 21:09:17 »

Carta n.º 14

Querido Pai Natal,
Aproxima-se a época natalícia. Como tal, venho apresentar a lista de presentes que desejo receber, caso tenha intenções de oferecer algo.
Dado que estamos numa altura de crise económico-financeira que, a meu pensar, é desencadeada pela crise ética e moral, será de bom senso comum que coloque de lado bens supérfluos e se obtenha bens como a sinceridade, a honestidade, a humildade, a integridade... É urgente uma sociedade menos crítica, mais construtiva, mais participativa.
Assim sendo, peço que traga compreensão para que as pessoas (seja qual for o seu estatuto, hierarquia) entendam de uma vez por todas que o país, o mundo, está no estado que está, devido às suas acções...
Julgo que será, além de maior aproveitamento, mais gratificante e estimulante receber os presentes acima referidos. Pois quebra a frieza, o afastamento e desconfiança da sociedade...
Encerro o meu raciocínio por aqui, com votos de Santo Natal.
 Até sempre.
Cumprimentos,
Zezinho



P.S. O egoísmo é um tóxico que tem contaminado a humanidade, impedindo-a de se unir num só... independentemente das diferenças! Traz um antídoto.


Carta n.º 15

Meu Amigo

Hoje preciso falar-te. Contar-te a minha vida desde que te foste, as minhas pequenas histórias banais, os meus desencontros com o mundo. Estou junto da tua sepultura, sentada no início deste Verão incerto, as mãos trémulas e o coração nas trevas, o corpo e a alma devastados pela tua ausência. Quero dizer-te tantas coisas, tantas que se atropelam umas ás outras dentro da minha mente já quase louca, tantas que nem sei se vou conseguir expressá-las todas. Mas tenho a certeza disto: não aceito a tua vida interrompida, não aceito o vazio que persiste, não aceito o mundo sem tu existires nele, sorridente e límpido, como tu sempre foste nos dias felizes.
Desde que partiste, tudo ficou fora do sítio. A casa desarrumada, a roupa fora das gavetas, os livros caídos das estantes. Os corações fora dos corpos, o amor sem encaixe. E eu sem ti.
O tempo parou nesse dia, e vivo agora numa dimensão diferente, num universo paralelo, numa espécie de sonho eterno, de onde nunca mais vou poder acordar.
Vivo empurrada pela rotina dos dias, pelas obrigações quotidianas, pelo tempo impiedoso que corre sempre, regular e inexorável, sem pausas.
Pergunto-me muitas vezes, como é possível que, mesmo depois da tua morte, o sol tenha continuado a nascer todos os dias, e as estações tenham mudado, e que alguém tenha sido feliz. Não entendo. O certo seria que tudo tivesse ficado suspenso nesse momento, nesse terrível segundo em que te separaste da vida e de todos nós.
Não consigo viver sem ti. Estou, desde esse dia, á beira do abismo, fascinada pela vertigem da escuridão, ás cegas no centro do labirinto. Não encontro a saída. Estou, definitiva e irremediavelmente, perdida.
O tempo que passa não alivia a dor, apenas a torna cada vez maior, cada vez mais forte, generaliza-a ao corpo todo e torna-me cada vez mais vulnerável. O tempo é escasso, não chega para lamber as feridas, para me consolar o espírito. Tenho saudades tuas. Muitas. E isso dói-me.
Preciso dizer-te que, mais uma vez, estou desencontrada do quero e do que preciso. Como quando nos conhecemos, lembras-te? Isso foi há muito tempo, tu eras uma criança traquina e tinhas o coração nos olhos e a alma exposta, e sorrias para mim com a confiança e o Amor de um irmão.
Gostava que estivesses aqui e que me abraçasses como nesses tempos felizes e atribulados, em que tantas vezes chorámos os dois para logo de seguida explodirmos em gargalhadas sonoras. Tu conhecias profundamente o meu coração e a minha essência, e hoje, queria que estivesses aqui, junto a mim, para me dares a mão e para me segredares “Eu entendoâ€.
Estou devastada e as lágrimas não são suficientes. Estou desfeita e o tempo passa muito depressa, depressa demais. A vida esmaga-me e tu não regressas.
Sentada junto á tua sepultura, no início deste Verão incerto, quero dizer-te que o meu Amor por ti é eterno, assim como tu, as tuas mãos de criança e o teu sorriso brilhante, iluminando a minha noite.

Tenho saudades tuas. Muitas. E isso dói-me.

Eternamente Tua




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Dionísio Dinis
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« Responder #167 em: Janeiro 21, 2011, 05:06:21 »

Venham mais 15!
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« Responder #168 em: Janeiro 21, 2011, 13:57:11 »

Olá!
Não tenho tido grande tempo nem inspiração para escrever.. no entanto pode ser que surja algo ...
mas, tenho esta já publicada aqui, uma carta de amor que gostei imenso fazer.
Se acharem interessante, podem utilizá-la para este concurso...
(este trabalho surgiu de uma foto "fim de guerra" onde um marinheiro beija uma enfermeira, de tão feliz por ter regressado vivo e a guerra ter terminado. Esta foto correu o mundo na época e a enfermeira ficou famosa por causa dela. 

*****

Declarações Inflamadas

A carta está pronta a seguir destino, e o selo, carrega um coração num braço forte de amor que trago, e vai até à morte. A sepultura será o ciúme do fogo em labareda, a uns consome, a outros venera...
... dentro da água, miram-se cristas de sol puro, e os medos de perder-te. Afogar-me nas lágrimas do meu ser, seria entregar tudo quanto tenho aos piratas do amor, mas o amor que carrego, não tem desprezos, é sempre eterno e a paixão sempre foge momentânea ao seu próprio fogo. Loucuras, as loucuras que não faço, só em poder ver-te! Loucuras descaradas em declamações inflamadas do sentimento. És a novidade que nunca ruirá na rotina da simples palavra, amo-te. Espalham-se letras escritas nas mesas e nas árvores. As paredes acarretam teu nome, e o tempo, devora-o. Até as rochas destiladas das ondas, batem perdidas em todos os recantos escabrosos! A estrada, segue-te até ao fim, se é que tem fim...
 ... olha-me nos olhos e diz-me que vês minha alma! Porque, a cada palavra que encontro em mim, expressa doença que rasga sonetos breves de esperança. Esperança tocada nas cordas de um instrumento, para toda a vida de um poeta. Enerva-me esta distância, que me empurra no escuro da tua ausência! As horas durante a noite que por vezes não passam, trazem solidão no vazio de um verão quente...
...onde descontinua meu território, se o lamento é prisma e desejos corajosos do licor eleito, a deixar poesias a sorrir nos dentes…
…onde dançam teus abraços macios, descritos a deslumbrar campos floridos! E as tochas, pérolas, desculpas firmadas em palavras que não consigo dizer-te, de tão anestesiada com esse olhar lúbrico. E a minha identidade? Aflora suspiros sem fôlegos de sonetos, de carvão, de desenho traçado num acaso pela minha mão. A tua voz! Tua voz que fica embebida na minha, fala com uma só boca e pensa com uma só mente que me torna impotente! Teimas vindimar as palavras mais belas como nascentes vagos de uvas, as tais, doçuras permanentes. Poucas falam a forma perfeita, poucos falam a mesma língua! Essas tuas sôfregas virtuosas declarações vestidas, a fechar olhos, a voar arrojadas vão… até longe…
…perfeito seria o efeito dócil, que jorra nos olhos do arriscado soberbo, num resumo, amo-te. Serei sempre o exagero, a exuberar o som dos sinos lá no planalto e teimosias de originalidade, as teias que me cercam, que descrevo, como um rio…
o meu rio, onde ateio pétalas magicas lembradas nos devaneios, meus hábitos pingados entre dedos de certezas do teu beijo elegante que apelido de, declaração de amor e carícias. Teus sussurros, teus sussurros soltos progridem no amor do devaneio que inflama florestas de prazeres fogosos, e então és evidência que exacerba as tuas próprias confissões arrebatadoras…

Rosa Magalhães
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Rosa Magalhães
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« Responder #169 em: Janeiro 21, 2011, 14:02:13 »

Os textos têm que ser inéditos e a identidade de quem os escreveu apenas conhecida do membro da administração que os recebe por mail.
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 Todos os textos registados no IGAC sob o número: 358/2009 e 4659/2010
Ana Coelho
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Os meus sonhos nunca dormem


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« Responder #170 em: Janeiro 21, 2011, 23:08:27 »

Eu já enviei mas não vejo por aqui? :Smiley Shocked

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Dionísio Dinis
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« Responder #171 em: Janeiro 22, 2011, 10:42:10 »

Participem.
« Última modificação: Janeiro 22, 2011, 12:25:09 por Dionísio Dinis » Registado
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« Responder #172 em: Janeiro 22, 2011, 10:44:01 »

Ana Coelho:
A sua carta está publicada neste tópico, pelo menos a que recebemos. De qualquer forma, não pode ser aqui revelado qual o número com que está identificada, sob pena de ser excluída de concurso.

Rosa Magalhães:
Ao identificar a sua carta, excluiu-a de concurso. Se pretender concorrer com outra, por favor leia o Regulamento e envie de acordo com ele.
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« Responder #173 em: Janeiro 22, 2011, 11:16:24 »

Carta n.º 16

Meu Irmão

Meu irmão, estás longe.
A distância que nos separa, não é grande, mas para mim, tornou-se enorme.
Partis-te há muitos anos, e eu, sem que me apercebesse, construí, dentro do meu peito, um muro intransponível, marcado com a palavra saudade.
Madrid, amaldiçoada essa cidade que te acolheu e nunca mais te devolveu ao teu País.
Lá longe, foste adoptado por seres que não conheço. Queira Deus que sejas feliz. Sofro só de pensar o contrário.
Quero que o maldito tempo pare e me carregue para o passado.
Recordo com nostalgia, as duas crianças, inocentes, que davam as mãos, a caminho da praia, rindo, como as flores sorriam para nós, à nossa passagem.
Lembras-te? Lembras-te… Quando a tua pequenina mão apertava a minha, num gesto de carinho, e me dizias: “Vamos embora mana, já é tarde.â€
Não, meu irmão. Naquele tempo, nada era tarde. Éramos somente duas crianças, que caminhavam impelidas pela força do tempo.
Hoje… O tempo teima em parar. O meu fim está próximo, e não te tenho junto a mim para te poder abraçar.
Urgem as horas e os dias. Contudo, a misericórdia de Deus é enorme. Sinto que, não seremos cobertos pelo manto do silêncio, sem antes leres esta carta, para saberes o quanto te amo.
   Esta é a carta de uma irmã que sofre a tua ausência.


Carta n.º 17

Minha FILHA

Hoje… Sim, só hoje, depois de tantas e tantas noites passadas em claro, debruçada sobre o velho e carcomido caixilho da janela, falando para as estrelas.
Sabes… Ou talvez nunca venhas a saber, conto às estrelas a saudade que me devora as entranhas. Conto àquela estrela que me parece mais próxima de ti, a tristeza de não poder abraçar-te.
Recordas-te? Já foi há tanto tempo… Já lá vão dez anos, dez anos passados na minha triste memória, que partiste em busca de riquezas. Nunca mais ouvi a tua voz, quando me chamavas “mãe.â€
Partiste, e nem uma simples carta, nem um mísero postal, com a tua letra. Nada tenho, que me faça recordar a tua presença nesta casa.
Agora, sozinha, tendo por companhia quatro paredes, e a ingrata solidão, abomino o momento da tua partida. Desprezo o oceano que te transportou para o outro lado.
Sim… A distância é medonha para mim, velha e tão carcomida como o caixilho da minha janela, vendo aproximar-se o fim da existência. Meu Deus… Tão próximo o momento final.
Hoje… Finalmente criei coragem, e resolvi deixar latente, numa folha de papel, o meu sofrimento.
Tão logo!... Sei que a lerás. Porem, esse dia será tardio.
Tardio para poder sentir o teu rosto colado no meu, e, pronunciar a palavra “minha filhaâ€.
 

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« Responder #174 em: Janeiro 22, 2011, 11:19:28 »

O conjunto vai-se compondo!
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« Responder #175 em: Janeiro 22, 2011, 12:47:34 »

de fracto não li tudo Cheesy peço perdão... coloquei a questão porque já tinha publicado esse texto da minha autoria.
beijinhos pode ser que ainda saia alguma coisa ----

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« Responder #176 em: Janeiro 22, 2011, 15:22:04 »

Prometo concorrer Wink Wink
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« Responder #177 em: Janeiro 22, 2011, 17:25:46 »

Uma carta, e a comunicação acontece.
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« Responder #178 em: Janeiro 23, 2011, 11:18:31 »

Por provocação de Goretidias
http://www.escritartes.com/forum/index.php/topic,30253.0.html
e incitação das utilizadoras cduxa e Alexa, nasce este concurso, "Cartas ao desbarato".

“CARTAS ao DESBARATOâ€
[/b]

Prémio EscritArtes, comércio

O prémio “Cartas ao Desbarato†é uma iniciativa do site EscritArtes, com o apoio da  empresa EscritArtes Comércio e da editora mosaico de palavras

Há cartas de amor, de ódio de amizade. Há cartas políticas, de raiva e de impotência.
Há cartes de fé, de ilusão e de descrença. Há cartas.
Há cartas ao desbarato!
CARTAS ao DESBARATO é uma mais um desafio ao talento e criatividade de quem faz da escrita um acto de memória e de futuro.
Reais ou ficcionadas há cartas e talentos díspares, venham elas soberanamente acompanhadas pelos respectivos talentos.

 

REGULAMENTO



-Pode participar neste concurso qualquer autor que esteja registado no site EscritArtes.
- Cada autor poderá participar com duas cartas e cada carta não poderá exceder os 3400 caracteres, incluindo espaços.
-A participação é exclusivamente na modalidade de prosa.
-Está vedada a participação no concurso dos elementos do júri. Contudo, se o conjunto de participações vier a dar origem a obra impressa, poderão os elementos do júri participar no referido livro.
- Os textos inéditos concorrentes deverão ser enviados para: administracaoescritartes@gmail.com (Assunto: “CARTAS ao DESBARATOâ€)  e nunca postados directamente pelos autores, em qualquer tópico que seja do site. Se tal vier a acontecer antes dos resultados finais, o texto será retirado de concurso.
-O último dia para recepção dos textos concorrentes será o dia 4 de Março de 2011
- A partir de tal data, o júri nomeado pela administração procederá à avaliação dos trabalhos e anunciará a sua decisão e entrega de prémios em evento a realizar a 28 de Maio em local a anunciar.
-O júri será constituído por um elemento da administração do site EscritArtes, um elemento da editora mosaico de palavras e um terceiro elemento nomeado por consenso entre a editora e o site.  
-Da decisão do júri não haverá recurso.
- Existirá um primeiro prémio pecuniário no valor de 100 euros
-Existirá um segundo prémio pecuniário no valor de 25 euros
-Existirá um terceiro prémio constituído por um lote de livros, oferecido pela editora mosaico de palavras

 
- Cláusula única:
Os  vencedores ficam automaticamente obrigados a colaborar com as suas respostas numa entrevista a ser-lhe dirigida pelos Organizadores, bem como dispensar material fotográfico para suporte da postagem da mesma no Escritartes. Tanto o vencedor como o segundo premiado deverão também disponibilizar o seu NIB/IBAN para transferência bancária.

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« Responder #179 em: Janeiro 24, 2011, 11:07:07 »

Carta n.º 18

É sempre Agosto
 

Era Agosto, amor…quando os nossos olhares se cruzaram e as palpitações se agitaram

nos corpos adolescentes em fulgor.

Beijos de fugida, sonhos inocentes no presente sem cálculos futuros. As danças ao luar na melodia cantada pelo violinos que ambos orquestrávamos. As manhãs ao sol banhadas pelas águas mornas no deslizar das alegrias que inventávamos para nos cobrimos de calor. As fogueiras onde cantávamos em conjunto para depois fugirmos no abrigo das nossas ilusões.

Distribuímos sorrisos, ousamos tocar as silhuetas na descoberta do império dos sentidos. Os dias solarengos embrulharam delírios. As mãos dadas em passeios pelo areal por noites estreladas, e quando as brisas refrescavam o meu corpo o teu abraço acalentava todos os poros infindos da pele.

Os hemisféricos rodaram e o Verão vestia o Outono…partis-te num longo sorriso banhado das lágrimas ocultas onde guardei as ânsias e os segredos…dizes-te que voltavas!

A Primavera trouxe de novo o calor da praia, mas o teu aroma não se fez sentir…procurava, mas não o encontrava.

O mar murmurava no meu âmago o teu olhar.

Os dias fluíam num outro brilho, o teu sorriso espontâneo ficou gravado no meu ventre…a tua morada era utopia , também não a procurava para não acordar o sonho que em ti vivi e prolonguei nos olhos que sempre me perguntaram…

O meu pai?...O teu pai é o mar onde o amor te fez vida e a vida és tu fruto do mais belo Verão que o mar desenhou nas ondas de uma paixão na eternidade de mim.

Agora, trinta anos depois é Agosto outra vez, o mar uiva as mesmas paixões…sento-me no beiral das areias com a esperança ainda acesa de te poder beijar o olhar uma única vez, poder dizer-te que me entregas-te um destino longe do teu mas o mais nobre destino esboçado em pleno amor…quem me dera que o oceano te entregasse este segredo!

Foram tantas as vezes que falei contigo em letras sobre papel, coloquei-as em garrafas, entreguei-as ao mar para que ele te pudesse falar…mas será sempre Verão no meu coração pelo olhar que tatuastes nos meus lábios, eternos abrigos na verdade do amor em flor…
« Última modificação: Janeiro 26, 2011, 21:12:19 por Administração » Registado
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Hoje, o Figas veio aqui, desejar a todos um bem-estar na vida, da melhor maneira vivida.FigasAbraço
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
Agosto 14, 2023, 16:53:06
Sejam bem vindos às escritas!
Agosto 14, 2023, 16:52:48
Boa tarde!
Janeiro 01, 2023, 20:15:54
Bom Ano! Obrigada pela companhia!
Dezembro 30, 2022, 19:42:00
Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
Novembro 10, 2022, 20:31:07
Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Å¿etembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
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Boa tarde
Outubro 14, 2021, 00:43:39
Obrigado, Administração, por avisar!
Å¿etembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
Março 29, 2021, 18:06:30
Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
Março 22, 2021, 20:50:10
Boa noite feliz para todos.
Março 17, 2021, 15:04:15
Boa tarde a todos.
Março 16, 2021, 12:35:25
Olá para todos!
Março 13, 2021, 17:52:36
Olá para todos!
Março 10, 2021, 20:33:13
Boa feliz noite para todos.
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Bom fim de semana para todos
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Boa noite para todos.
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