josé antonio
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escrever é um acto de partilha
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« em: Agosto 14, 2011, 15:17:34 » |
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Este é o título de mais uma excelente crónica da jornalista Catarina Carvalho na Noticias Magazine, de hoje, que deve ser lida pela maioria dos que ainda vão tendo acesso aos jornais! Na realidade parece nada termos a ver com os nossos antepassados que se interrogavam muito levando-os a dar os tais novos mundos ao mundo! Não que sejamos, regra geral, mais ou menos inteligentes, mas lamentavelmente resignados. E esta jornalista dá um exemplo em que poucos de nós reflectimos: Este Verão os líderes do G20 e G7 passaram o fim-de-semana ao telefone, tentando conter os mercados da dívida que estão a disparar. As bolsas estão loucas, com investidores, que não tiraram férias e não perdem tempo a tentarem colocar o seu dinheiro em locais seguros, como o ouro ou o franco suíço. Portanto, os investidores e os líderes mundiais não tiraram férias, então porque razão há-de o governo português o fazer? E o parlamento, que está a gozar duas semanas de intervalo? Em vez de estarmos todos a perguntar porquê, estamos todos, jornais e meios de comunicação social em geral incluídos, a mostrar o primeiro-ministro a gozar umas mini-férias de cinco dias em Matarrota, no Algarve. O seu ministro-adjunto, Miguel Relvas, veio justificar que “ todos precisamos do nosso tempo para a vida pessoal”. Passo Coelho, no mesmo sentido, postou uma envergonhada mensagem no Facebook na qual se desculpava dos poucos dias que ia passar com a família, falando da felicidade dos momentos mais simples. E o governo, em geral, deixou passar a mensagem que nestas semanas de Agosto estaria a meio gás. Mas a que propósito e com que justificação? – Um governo que tomou posse em Junho precisa ter férias em Agosto? Um Parlamento que encerrou por mais de um mês na Primavera, precisa de voltar a parar no Verão? “... Conhecem algum empregado que comece um contrato em Junho e o patrão o deixe ir de férias em Agosto? Mas é ainda mais grave tendo em conta a situação económica em que nos encontramos.” Conclusão pessoal: - na realidade só existe uma solução para quem trabalha, trabalhou e se esforça pelo país, emigrar ou seguir os péssimos exemplos que abundam, não se esforçando nem preocupar, e talvez que anda a abusar das mordomias injustificadas, tenha de começar a trabalhar e ser responsável para sobreviver.
José António (Texto baseado na crónica deste domingo na Noticias Magazine da jornalista Catarina Carvalho.)
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