FOFOCA

[CAMPISTA CABRAL]

   Você diz que fulano viveu, dançou, comeu, bebeu, dormiu, amou e não amou, andou por ruas escuras, rasgou dinheiro como doido, virou a cara, deu de ombros, cuspiu no prato que comeu, brigou, bateu, correu e foi falso como ninguém foi capaz de ser, traiu, negou três vezes, reclamou, não viu ou viu só bobagens, tagarelou, explodiu, virou bicho e bicho ficou, cascudo que era a todos enganou, tirou o leite das criancinhas, roubou, omitiu, iludiu, desencantou, fez o que fez o que disseram que fez e mais um pouco porque é normal e costume aumentar os pecados dos outros e julgar e apontar e condenar...
   Enfim, crucificado, maltratado, abandonado e injuriado o coitado do fulano foi... Mas ao ver direito, o olho não era castanho, a boca não era pequena, o tamanho era outro, o fulano era de tal e as coisas não foram bem assim. Deixa pra lá! O que é que tem? Disseram como tantas vezes ELES dizem... ELES quem? Deixa pra lá! O que é que tem? Eu não tô fazendo nada você também...

[Goreti Dias]

Embora a canção diga "Deixa pra lá! O que é que tem? Eu não tô fazendo nada você também...", as fofocas fazem bastante mal tantas vezes. Difícil apontar os "eles", mas mais difícil é desmanchar o que deixaram dito! Odeio fofocas.

[CAMPISTA CABRAL]

Eu também odeio uma fofoca. Falam tanto e inventam tanto sobre os outros que chega a ser um massacre quando alguém vira alvo desse mal. Fora Fofoca!!!

Abraços poéticos para ti!

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Amigos, eu já morri! Fiquei na miséria! Casei-me inúmeras vezes com pessoas que nunca vi antes (e nem depois), fiquei viúvo, divorciei-me, sou pai de várias crianças (se elas existissem, já seriam adultas e eu poderia ser avô). Fiquei milionário. Fui morar no exterior. Sou médico, engenheiro e tanta coisa boa e ruim que nem sei. Tudo na boca deles. Quem? Ninguém sabe. Até salvar pessoas que nunca estiveram em perigo eu já salvei sem nem mesmo conhecê-las. Arruinar gente desconhecida também foi prática minha nas narrativas malditas.
Eu não gosto nem um pouco de fofoca. No novo tempo que virá a fofoca não mais vai existir. Para tanto é só nos fingirmos de surdos e mudos. Enquanto isso, vamos fugindo desse povo sem nome e sem rosto que atormenta a todos nós.

Abraços para vocês, Goreti e Cabral.

[Goreti Dias]

É de fugir mesmo. Eu diria quase o mesmo que você. Ou mais. Falta aí uma "coisinha" que já disseram de mim rsrsrsrs

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Em realidade, nem sei se alguém sabe o quanto já foi "comentado" por eles. Alguns de nós teríamos de viver mais de mil anos para narrar apenas alguns dias de fofoca. É só ver o quanto vendem as revistas especializadas em comentar a vida alheia.

Nem te conto da última... [rsrs]
 

[Goreti Dias]

Eu também não e ficamos empatados!

[CAMPISTA CABRAL]

Cabe mais um para apimentar esta conversa? São mais palavras e mais armadilhas e mais histórias (dos outros), não?

[Goreti Dias]

Ui, ui! Se são!

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Gente, vocês nem sabem da maior!
Não... não vou contar...
Rsrs

Hoje é dia de releitura.

Abraço para todos e uma feliz Semana Santa

Oswaldo

[Goreti Dias]

Para si também.

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Obrigado.

Quando tiver um tempo, te conto da última... Risos.

[Goreti Dias]

Fico aguardando!

[Oswaldo Eurico Rodrigues]