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Autor Tópico: A fome não excita  (Lida 3686 vezes)
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marcopintoc
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« em: Agosto 29, 2008, 09:46:23 »

“Os casos mais estranhos, porém, são os que acontecem na Avenida Névski .Oh, não confiem nesta Avenida Névskiâ€
                                                                             Nikolay Gógol

Os quatro milhões de petersburgenses acotovelam-se nos largos passeios confluindo numa torrente de roupas de cor triste e maus cortes de cabelo na direcção das estações de metro. Dos ventiladores gradeados, por onde respiram estes túneis que engolem esta multidão, saem golfadas de vapor quente que chocam em rolos de fumo com o ar que se pode considerar frio para os meus critérios latinos. É um fim de tarde de um dia de trabalho, embora o conceito de tarde e fim sejam erróneos visto a noite já há muito pairar sobre esta imensa avenida cujo nome provem do glorioso Príncipe de Novgorod , o chacinador de Suecos , Cavaleiros Teutónicos e outras coisas com cheirinho ariano. O eterno “kniaz†.
Até onde a vista alcança desfila o asfalto mal cuidado e os passeios cinzentos .Os cacos de uma garrafa de vodka , as grossas escarradas , o preservativo usado num vão de escada em amor de três minutos e mil rublos , invólucros de plástico com dizeres indecifráveis e a lama que resta das primeiras neves trazem um aspecto indubitavelmente sujo ao “promenade “.
Com as mãos confortavelmente protegidas por luvas forradas de pelo de coelho , um magnifico gorro feito da pele  de qualquer espécie protegida , aqui os ambientalistas são considerados “Yobaniy peedir†,uns paneleiros do caraças em bom latir lusitano , caminho acompanhado, o  que é um acto raro nestas minhas deambulações pedestres por terras estranhas.  Por falar em espécies, embora não em extinção por graça divina , é digno de descrição o espécime que me acompanha. Sexo feminino, vinte e quatro anos, o nome é Irina , um metro e setenta e muito , cabelos loiros e compridos de um tom tão belo e natural que tenho a mais pura das certezas que brilhariam como uma tonelada de ouro com o sol de Setembro no paredão de Cascais, deixando azuis de inveja todos os nadadores salvadores das praias truta cagalhão  . As calças justas revelam, no “terminus†de umas pernas magras e sem curvaturas de cavaleira ou resquícios de pé chato, uma nádegas firmes e com a dimensão perfeita. A cintura envolta num cinto barato de plástico tem o delicado diâmetro, já outrora tão cantado por tão magníficos escritores desta cidade que me abstenho de mais palavras sobre a mesma. Os seios, esses são de difícil descrição sem se percorrer os campos da maior obscenidade mas uma pequena incursão pelas  fruti e puericulturas permitem-me usar os vocábulos melões e tetina . Para aumentar a circulação já acelerada de hormonas o discreto, mas intencional, toque nas costas revelara que tal firmeza não era suspensa mas sim um contra-senso das leis gravitacionais. Termino a descrição de Irina pelo rosto, embora para os leitores masculinos deste texto isto já seja um factor secundário pois na sua mente o vocábulo de três caracteres “BOA†já está formado . A beleza soviética, um rosto firme, linhas duras que subitamente se arreganham num sorriso de fazer um fiozinho de baba escorrer pelo canto da boca. E os olhos, esses são tão grandes como a vastidão da estepe e inundados do azul quase cristalino do golfo da Finlândia inundado pelo derreter das calotes árcticas.
Tomei conhecimento desta beldade por motivos profissionais que me escuso de comentar pelo risco de violar umas vinte e duas clausulas de acordos de confidencialidade, ética profissional e outras algaraviadas escritas por ianques “quakers† impotentes.
Ao segundo encontro, em inglês de razoável qualidade, fui confrontado, enquanto um olhar malandro e trocista não despegava do meu, com uma menção ao ímpeto amoroso dos latinos. Esta frase abriu caminho a um convite para um jantar num restaurante de alto luxo e é precisamente nesta caminhada em direcção ao repasto sumptuoso que se inicia esta narrativa.
Obviamente que estou embevecido com tão magnifica companhia e seria, no mínimo hipocrisia, não confessar que já antevejo um digestivo feito de uma nudez esmagadora e uma noite de prazeres em edredões de penas de ganso acompanhados pelo ritmo cadenciado dos “Da , Da , Da† , já que não imagino como se pronunciam  na língua de Dostoiévski outras frases feitas de amores de uma noite só
A porta do restaurante apresenta-se recatada e elegante como convêm a um local de tal gabarito .Ao primeiro passo no interior sou banhado com uma agradável onda de calor que tão bem contrasta com o frio, ainda não generalíssimo, que se sentia no exterior.
O acompanhamento à mesa é feito por um “Maitre d’Hotel† sorridente embora alguém lhe devesse explicar que existe uma diferença entre acompanhar um cliente e marchar entre as guaritas do quinto regimento de artilharia . Enfim ... detalhes .
A reluzente Irina irradia um sorriso encantador de surpresa e agrado quando sacudo o empregado solícito e tomo a meu cargo o acto de afastar a cadeira e acompanhar o sentar de tão voluptuoso traseiro com a delicadeza que é tão invulgar nestas paragens do norte.
A luz do candelabro difunde sobre os belos olhos uma luminosidade de ninfa que faz que com que o desdobrar do guardanapo sobre os joelhos dure uma aparente eternidade, tão fascinado que estou com o reflexo duplo da chama sobre as cristalinas íris.
Ao canto da sala um dos milhentos músicos que são anualmente paridos pelos cinco conservatórios da cidade dedilha delicadamente uma balalaica.
Tudo parece perfeito, um jantar romântico, preambulo de uma noite de prazeres carnais. Inicio o ritual do repasto com o tradicional copo pequeno de “Vodka “ gelado e um  “Budem zdorovy “ , que é a forma correcta de fazer um brinde e não o turístico e incorrecto “Na zdorovje†que é checo e não russo.
Percorro com os olhos o cardápio e a carta de vinhos bem elaborada e ignoro os preços, sou um galanteador suportado pelo pedaço de plástico mágico. Irina está fascinada em silenciosa escuta enquanto discuto com o escanção as virtudes de um†Pommery†reserva. Contudo, noto um arregalar de olhos algo excessivo, quando pronuncio beluga ao empregado que toma nota do pedido.
Aquele olhar deixa-me algo inquieto. Foi como se, por um instante minúsculo, uma enorme nuvem cinzenta tivesse ocultado o cintilante sol perante mim.
O cataclismo inicia-se quando chegam os acepipes em cintilantes bandejas de prata fingida. Um Chernobyl desaba sobre os meus desejos íntimos.
A bela Irina, até agora tão elogiada, transforma-se num urso siberiano em fúria incontida e desliga a pose de “coquette†e virando para a minha face o risco que divide em dois o cocuruto da sua cabeça entrega-se a uma sequência devoradora de toda a comida que se apresentara perante si com um anseio que faria corar de vergonha os mais rudes estivadores.
Estou chocado. Verdadeiramente chocado. A ideia de rudeza, má educação, brutalidade eslava ou outro conceito mais grosseiro dura apenas duas dentadas da minha bela loura . Então vem a brutal constatação, como um soco brutal no meu estômago proeminente e por hábito bem recheado percebo que estou perante um ser com fome. Fome! Não larica, “comia-se qualquer coisaâ€, ou barriguita a dar horas.
Levanto-me com a desculpa de a necessidade de ir à casa de banho, mas este anuncio é aferido com um “ Umm , Umm†de boca cheia e uma grandíssima dentada num delicado pão de passas que se torna metade em um ápice. Sinto-me ignorado.
No cubículo, sentado no trono da sanita, mãos na cabeça entendo que não foi o meu charme, o meu “blá-blá “de latino conquistador que a moveu. Simplesmente a palavra jantar. Por comida , pela recompensa de calorias para um estômago faminto daria a sua intimidade ,alguns centímetros mais abaixo do bandulho. Um arrepio de raiva irrompe e o primeiro instinto é voltar à sala e enfiar-lhe dois enormes estalos no rosto de anjo. Contudo não o faço.
Dentro  do meu casaco o toque do meu passaporte da comunidade europeia acorda fantasmas ainda mais profundos. Será só a fome? Ou o desejo de um bilhete sem retorno para um local mais quente e onde não seja tão difícil a vida? Será que, no caso da sua gula passar desapercebida, se entregaria ao natural, numa roleta russa de imunodeficiência ,na esperança da concepção ? Um tiro no escuro por uma vida melhor?
Saio dos lavabos e com um gesto discreto consigo a atenção do “Maitre†sem que Irina se aperceba .Na verdade pelo espelho do átrio vejo-a roubar uma garfada do meu prato , o seu é uma imensidão branca. O gesto de dois dedos em minha própria direcção apressa o passo militar da figura em “smokingâ€. Aprendi os hábitos dos ricos, não dar hipótese de discussão e comprar o silêncio e o cumprimento de ordens.
Cinco notas , quinhentos dólares . Cem para ele, pela circunspecção, pelo serviço . As restantes quatro :
- Para que a senhora coma tudo que quiser. Chega ?
Um condescender de cabeça confirma que está habituado a extravagâncias. Coloco o gorro e as luvas e devolvo-me rapidamente ao frio atmosférico, que agora é mínimo em comparação com o gelo polar que me vai na alma.
Apresso-me para o hotel. Ligo ao serviço de quartos e encomendo uma garrafa do veneno que mata centenas de milhares nesta nação imensa e estranha.
Bebo com a notória intenção do colapso. No meu “Ipod†repito, incessantemente, o “Too drunk to fuck “ do Jello Biafra.
Atónito recorda a definição de ética que outrora escutei. O bem dos outros... Será que o fiz??
Não sei.
Então decido ligar o computador e contar-vos esta história
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Marco Pinto Correia

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Mel de Carvalho
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"abraça o conteúdo e não a forma" Saint-Exupery


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« Responder #1 em: Agosto 29, 2008, 11:11:59 »

"Será só a fome? Ou o desejo de um bilhete sem retorno para um local mais quente e onde não seja tão difícil a vida? Será que, no caso da sua gula passar desapercebida, se entregaria ao natural, numa roleta russa de imunodeficiência ,na esperança da concepção ? Um tiro no escuro por uma vida melhor?"


Li e reli o seu conto. existem pessoas que têm a capacidade analítica absolutamente inata de observar a sociedade. de a descrever num detalhe assombroso.

Este seu trabalho, é, porventura dos melhores que li de si. Igualado com outros em que a sociedade russa actual é mostrada no seu melhor e no seu pior. e que os ocidentais idem ... pelo que esperam "consumir" da anterior.

Tiro-lhe o meu chapéu, de novo e uma vez mais.
Abraço da Mel, grata
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Mel de Carvalho
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britoribeiro
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« Responder #2 em: Agosto 29, 2008, 11:26:40 »

Quando os instintos se sobrepõe à civilidade. Extraordinário!

Abraço
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Tim_booth
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Queria escrever à velocidade com que penso.


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« Responder #3 em: Agosto 29, 2008, 12:09:07 »

Podia ter escrito aqui algo digno de um prémio nobel, marco, mas mesmo assim julgo que a escrita sairia ofuscada pela miséria humana que descreveu. Não vou entrar em sentimentalismos lusos, "ai que temos tanta sorte de viver em Portugal", mas há coisas que impressionam e a fome, verdadeira fome, é uma delas.

Obrigado por partilhar connosco esta história.

Cheers
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Vóny Ferreira
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VÓNY FERREIRA pseudónimo literário de Mª. Ivone Fe


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« Responder #4 em: Agosto 29, 2008, 13:18:45 »

Sem dúvida alguma estamos perante um texto absolutamente arrasador.
Fica a descoberto (de uma forma desconcertante)
as debilidades deste mundo podre onde vivemos.
Onde nem tudo o que parece, é...!|
Ao lê-lo cheguei a emocionar-me, precisamente nos parágrafos
onde a sua revolta é disfarçada com a ironia das palavras.
Aplauso para este seu escrito.
Vóny Ferreira
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De todos os nomes
que me chamares
um eu saberei
que é meu...

- MULHER!

(Vóny Ferreira)
Goreti Dias
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« Responder #5 em: Agosto 29, 2008, 17:32:04 »

Acredito piamente que a fome leva a extremos. Aqui encontramos uma mulher estonteante, escondendo a fome. Ainda bem que o cavalheiro se foi embora e a deixou comer sozinha. Aproveitar o serão de outra forma seria uma falta de humanidade.
Uma análise crítica muito interessante à mistura com uma descrição pormenorizada de requintes de sofisticação.
Bj
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Goretidias

 Todos os textos registados no IGAC sob o número: 358/2009 e 4659/2010
Laura
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« Responder #6 em: Agosto 29, 2008, 21:10:17 »

Este também é um dos meus contos preferidos do marcopintoc. Tenho outros. Mas gosto deste particularmente, pela caracterização da personagem feminina. Claro que fiquei com pena que o personagem masculino não se tivesse apaixonado por ela... mas isso é apenas o meu lado romântico a falar. E dá uma outra visão da prostituição. A Irina tinha fome. E há as que têm filhos. Vêm das aldeias para as cidades... e depois...
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Guacira
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« Responder #7 em: Agosto 29, 2008, 23:45:21 »

Olá, Marco,

sem dúvida alguma, uma história triste muito bem contada; a miséria humana muito bem observada e descrita pelo narrador/personagem.
Realmente, para Irina, foi impossível manter-se sedutora, diante do seu maior objeto de sedução naquele momento: o alimento; matar aquela fome...
Me emocionou a sua atitude, a sua doçura diante daquela fragilidade;que mais poderia querer daquele ser humano tão frágil?
Obrigada por me proporcionar tudo isso...não são muitos os textos com essa qualidade literária e humana ...
Um abraço,
Guacira.
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marcopintoc
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« Responder #8 em: Setembro 01, 2008, 13:59:49 »

Muito agradecido pelas vossas palavras.
Um abraço a todos
Marco
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carlossoares
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« Responder #9 em: Setembro 01, 2008, 14:56:08 »

Caro Marcopintoc,

Independentemente da estória, muito interessante, releva o prazer de ler uma escrita assim elaborada, primorosamente, com elementos surpreendentes a surgir a cada frase, sempre no arremedo de segundos sentidos igualmente presentes, que podem ser vistos como luz ou como sombra do primeiro plano do registo.

Extraordinário.
Parabéns.
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Carlos Ricardo Soares
Alice Duarte
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« Responder #10 em: Setembro 16, 2008, 13:14:24 »

Excelentemente contada, aliás. Tanto o recorte das personagens como o desenvolvimento do enredo contribuem para uma óptima leitura. Gostei muito.
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Bom dia. Para todos um FigasAbraço
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Boa tarde!
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Bom Ano! Obrigada pela companhia!
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Entrei para desejar um novo ano carregado de inflação de coisas boas para todos
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Partilhar é bom! Partilhem leituras, comentários e amizades. Faz bem à alma.
Novembro 10, 2022, 20:30:23
E, se não for pedir muito, deixem um incentivo aos autores!
Novembro 10, 2022, 20:29:22
Boas leituras!
Novembro 10, 2022, 20:29:08
Boa noite!
Setembro 05, 2022, 13:39:27
Brevemente, novidades por aqui!
Setembro 05, 2022, 13:38:48
Boa tarde
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Obrigado, Administração, por avisar!
Setembro 14, 2021, 10:50:24
Bom dia. O site vai migrar para outra plataforma no dia 23 deste mês de setembro. Aconselha-se as pessoas a fazerem cópias de algum material que não tenham guardado em meios pessoais. Não está previsto perder-se nada, mas poderá acontecer. Obrigada.

Maio 10, 2021, 20:44:46
Boa noite feliz para todos
Maio 07, 2021, 15:30:47
Olá! Boas leituras e boas escritas!
Abril 12, 2021, 19:05:45
Boa noite a todos.
Abril 04, 2021, 17:43:19
Bom domingo para todos.
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Boa semana para todos.
Março 27, 2021, 16:58:55
Boa tarde a todos.
Março 25, 2021, 20:24:17
Boia noite para todos.
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Boa noite feliz para todos.
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Boa tarde a todos.
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