Já chega!

[Nanda]

Já chega!
Vou empurrar a depressão
Para o fundo de um alçapão
Parece até que tenho olhado
Juro que não estou em pecado
Só não me quero confessar
Por não ter nada para contar

Não quero!
Ter este olhar alienado
Como quem vive no passado
O caos em mim já se instalou
Não sei o que em mim mudou
Estou presa, sinto-me atada
Como se a vida fosse nada

Diacho!
Sempre fui determinada
Já perdi o fio à meada
O cansaço está-me a vencer
Esta astenia faz sofrer
E eu não encomendei a morte
Sei que mereço melhor sorte


   

[Goreti Dias]

Assim mesmo é que se fala! E escreve!
Beijo

[vilde]

Oi Nanda, Sai daí!
Ainda há por aí muita coisa boa para fazer e descobrir...
Importa saber dar a volta por cima. Vencer estas etapas da vida
faz de nós sobreviventes...
Força amiga!
Vem daí...
Um abraço.
Vilde

[carlossoares]

Nanda,

enquanto lia este poema bem sonante e de uma tristeza "sincera" que, de parecer que o é, ainda é mais triste, pensei nos remoinhos ou na desorientação em que se fica quando se anda demasiado tempo à roda de si mesmo. É inevitável o desequilíbrio e o mal estar. Há coisas que actuam sobre nós de uma forma negativa que não somos capazes de impedir a não ser evitando-as.
Parabéns!
Abraço