sol de inverno

[gdec2001]

sol de inverno

Parecia que o sol
não existia já 
porém apareceu.
E tu vieste
lesta e lúbrica
como um lagarto
que o calor acordou
da sua hibernação
no seu buraco.
Escolheste parceiro,
o primeiro
que olhaste,
(ou que te olhou)
e começaste a vida
a tua vida
recomeçaste .
Oh! que triste sina a tua
que triste sina, mulher.
Ter alma de andar na rua
a dar o corpo a quem quer
e não poder.

Geraldes de Carvalho
sombras de alma -Coimbra 1955

[Goreti Dias]

É triste sina, como o contrário triste sina será...
Um poema de temática difícil.
Abraço

[gdec2001]

Tem razão, minha cara . O poema é de uma moral duvidosa mas ,se serve de desculpa, devo dizer-lhe que se dirigia a uma menina de boas famílias...
Seu
Geraldes de Carvalho

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

O sol de inverno também queima...

Abraço...

[gdec2001]

Sim, e é -era- para queimar.
Geraldes de Carvalho

[Vania Lopez]

Difícil falar da beleza...Parabéns! Se gostei? bj

[gdec2001]

Muito grato pela leitura cara Vânia .
seu
Geraldes de Carvalho

[Eduarda]

Geraldes,

E parece que o sol ardeu e muito.

bj
Eduarda

[gdec2001]

Sim, quanto...
Aqui, no cotovelo ...
Mas foi há tanto tempo...
seu
Geraldes de Carvalho

[Goreti Dias]

Sem dor de cotovelo, voltei para reler. E gostar.
Abraço

[gdec2001]

Que bom, Goreti .
um beijo
Geraldes de Carvalho

[CAMPISTA CABRAL]

Olá Geraldes!

O calor e os calores. A pena da escrita e a pele que queimam e ardem, a sina: mulher! Gostei do poema. Assim como disseste muito bem a sina o próprio texto queima.

Abraços!

[gdec2001]

Muito obrigado, amigo, pela tua leitura.
Abraço
Geraldes de Carvalho