A COLCHA DE CHAGALL.

[Eduarda]

queria ser o mito no deserto
e molhar todas as luas
lançar confeitarias
e borras de café no poço fundo
guardar a metafísica no bolso
e desarmar as areias em insígnias
de mão cheia
desenrolar a estepe quadrada
no quadro de Picasso
e deitar-me na colcha de Chagall
cai o sábado e o nada na plataforma do café
(perdi-me de amores pelo cozinheiro!)
reparto o esquecimento no canto do pássaro
e rio-me do velho poeta
que passeia o chicote caído
por momentos cai em mim a aparência
de dormir um sono só.

Eduarda

[Goreti Dias]

Muitíssimo original. Adorei!
Bj

[Eduarda]

goretidias,

sempre um prazer!

bj

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Concordo com a Goreti e digo também que você escreveu sobre dois dos meus pintores prediletos. Chagall, em particular, marcou minha adolescência. Até hoje lembro da exposição de suas obras no Paço Imperial no Rio de Janeiro ("Chagall e a Bíblia"). Belíssima. Vi outros originais do artista mais tarde, mas daquela vez foi inexquecível.

Beijos do amigo Oswaldo

[Eduarda]

Oswaldo.

há pintores

[Manuela Matos]

Eduarda.
Imagens muito belas neste belo poema...
Parabéns.
Manela

[Eduarda]

Oswaldo,

desculpa o re-comentário ter ficado a meio.

Chagall é também um dos meus preferidos. Os toons enchem-me a alma.

bj


Manuela,

As imagens partiram duma pintura de Chagall. grata pelo comentário.

bj

[carlossoares]

Eduarda,

lembro-me deste poema e também me lembro de ter comentado:
«Este é um poema inspirado e inspirador que te (nos) coloca no melhor caminho da escrita.
Gosto muito.
Parabéns.
Beijo»

[CAMPISTA CABRAL]

Olá Eduarda!

Um poema, como disse muito bem Carlos Soares, inspirador. Um belo momento de escrita poética!

Abraços!

[Eduarda]

Carlos,

Saudades e muitas dos teus comentários.

E obrigada de novo!

bj