DionÃsio Dinis
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« em: Outubro 14, 2008, 05:27:12 » |
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00h30m SÉRGIO ALMEIDA
Novo livro de Herberto já está quase esgotado
Dos três mil exemplares de "A faca não corta o fogo - súmula e inédita" colocados à venda no final da semana passada já não resta nenhum no armazém da editora, a AssÃrio & Alvim.
A longa espera de 14 anos fez crescer em flecha as expectativas em redor do novo livro de poemas inéditos de Herberto Helder e o resultado não se fez esperar: com largas dezenas de pedidos de livrarias oriundas de todo o paÃs, a distribuidora colocou no mercado a totalidade da edição e viu-se mesmo obrigada a racionar algumas encomendas.
Contactado pela Lusa, LuÃs Guerra, do departamento comercial da editora lisboeta, afirmou que "estávamos à espera disto porque os novos poemas do livro são muito fortes. Existia uma grande expectativa que a saÃda do livro não frustrou".
A corrida à s livrarias tem uma justificação adicional. Findos os três mil exemplares, a editora já fez saber que, devido à s instruções do autor, não irá proceder a uma reedição do livro. Para os mais retardatários, a único solução será esperar que Herberto opte, como já aconteceu, por "um novo livro que acrescente algo a estes poemas, como este volume faz com poemas já anteriormente publicados", afirma o mesmo responsável da "AssÃrio", aludindo ao conceito de "poema contÃnuo" que atravessa a obra herbertiana. Com a edição integralmente colocada no mercado, é tarefa impossÃvel precisar com rigor quantos exemplares de "A faca não corta o fogo" já foram vendidos, mas, pela amostra recolhida ontem pelo JN, não faltam, por enquanto, livros à venda.
Só a Livraria Lello, no Porto, assegurou uma encomenda de 300 exemplares, da qual ainda restam "bastantes à venda", revelou o sócio-gerente, Antero Braga. Uma aposta de risco? "O Herberto Helder é um caso singular na poesia portuguesa. É consensual, junto dos crÃticos e dos leitores, a qualidade da sua obra. Seguramente, no próximo mês vamos esgotar o nosso stock", adiantou o livreiro, que cita como exemplo as edições mais recentes do autor, esgotadas há muito e hoje um precioso objecto para qualquer alfarrabista.
Na "Leitura", também no Porto, "já só restam um ou dois exemplares". "A procura tem sido grande. É certo que os livros do Herberto vendem sempre bem, mas nada fazia supor esta adesão", precisou Sérgio Pereira.
in Jornal de NotÃcas
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