vitor
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Olá amigos.
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« em: Janeiro 24, 2009, 14:08:07 » |
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Cores flamejantes incendeiam de cor por trás o pomar, no regaço sóbrio do peito acolhedor de chama a cintilar como eu nele, o pomar, a cor acre se souber defini-lo que mal me farão estes sonhos, de erva casta e gasta sob chuvas longe e perto me molham talvez estes pensamentos neles, regados de desplante e sério silêncio apenas chuva sobre as hastes da folhagem derretido na alucinação parda de me ver em sê-los, gotas bávaras de ventos badalem-me contra naves e tempo porquanto um sono me dissipe, flameje-me como lágrima como a raiva e despudor de viajante sem tempo quando perco a noção de me ser a hóstia seca de um vinho, um pomar de laranjas penduradas na pendular raiz do caule que nasce sempre. Sono como o luar sereno sobre a noite esta calma curva de beijos vazios, dorme como a noite lenta a rua estreita de viagens vagas dum silêncio de pronúncias, estiolam quem sabe, o rachar dormente dos ventos alojado num rosto que se dispersa, se estivesse num navio, de bamboleantes oscilações o corpo reinaria sob sensações um ar calado dentro ou para dentro as impressões voassem como um mar de estrada, se conseguisse aà vislumbrar qual sinalética me ripostasse o destino certo, colocasse diante de mim este sedimentado medo da viagens me despertaria deste emplastro sono, como os laranjais odorantes de sumos prometidos, não, porque não me colo em mim viajo, porque não adormeço não consigo, esta dor lenta mata sei por isso me espero na próxima esquina de qualquer certeza que me espere, certo o labirinto desta incursão nómada os meus olhos são permitas comigo nem que seja inventar-me nos locais, respiro talvez a certeza engolida desta face oculta dos meus demónios castrados, vencem-me as tempestades e as glorias são sumo-fruto do acaso quiçá ocaso nos estendais vândalos do tempo noite esta e sempre, como me leiam as mãos certezas nas linhas cruzadas que apontem morte ou fim de mim, como rasurados certos os meus desÃgnios um fumo lento a abalroar eternos sonos que não me permitem dormi-los, como asna ou raiva a ira cÃclica deste pronome esquecido sou eu o próprio fim Pandora, o cigarro a leste do braço o fumo no espaço da sala abre-me por favor uma fissura de vento a ilibar de quente fumo este lugar intragável, abre como se as tuas ensinadas mãos seguissem o rasto das tuas ideias fala-me, grita melancolias sinceras a tua paz num cálice absorto de vicio e beleza, os cabelos eu a apreciá-los, dedá-los com a insensibilidade do que me estou e sinto-os, diz-me a cor dos olhos dos meus olhos que enfurecem de vontade, diz-me da teu corpo que rasgo no fogo ansioso de entrar por ele a dentro com o desejo de amá-lo, abre a janela e suga o sal solto da rua e cola em ti a rua abre Pandora, a vida ejaculante sem espaço este amor é viagem, o regaço o espaço o vento e tu, não me falas que mais?
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