“do limite, teorema central”

[Mel de Carvalho]

arrítmico
o olhar desprende-se das sarças serranas de ventos altos
e dos sargaços marinhos;

o beijo enrola a língua em pirexias seminais e, no frio
das horas pálidas,  ilhas derivadas
das areias da praia
quedam-se afim
de mãos paradas na arte de esculpir estátuas viventes.

quebra-se o laço inconfesso ou, provavelmente, o esforço baço
-  cuidado de quem não tem cuidado
em cuidar de si o acerto do passo
que desejando
não dá…

a mulher parte. na parte de si que fica deixa as palavras
partidas em pedaços.

          e os minutos são horas e as horas são segundos
          num relógio de sol de sombra persistente,
          se as variáveis são ainda
          e sempre aleatórias.
…..

tutelado à misericórdia do fonema mudo um astro  ponteia o horizonte
desenha magnitudes servis na curva de gauss.

 por fim, de palidez mortífera, arrefece.
                       comprovador está o Teorema Central do Limite.

[Goreti Dias]

Um poema para nos determos!
bj

[Vera Silva]

"e os minutos são horas e as horas são segundos
num relógio de sol de sombra persistente,
se as variáveis são ainda
e sempre aleatórias."

Versos para ler e pensar Mel... Gostei imenso

Beijo

[Mel de Carvalho]

Goreti, Vera,

muito grata pela vossa amizade, pelas vossas leituras.

Beijitos da Mel

[josé antonio]

Boa tarde Mel,

Os últimos quatro versos colocaram-me fora de combate!
Parabéns, amiga.