Figas de Saint Pierre de
|
|
« em: Fevereiro 10, 2010, 15:52:13 » |
|
LEYA O MODO DE DESTRUIR! Era dia quando li a notÃcia, no JN, sobre a gilhotinação, por parte da Editora Leya, de milhares de livros, entre eles obras do Eugénio de Andrade e de Jorge de Sena, ficando logo o dia em negra escuridão! Qual a impossiblidade de não dar os livros à s bibliotecas, escolas, prisões, hospitais e aos PALOP? Bastava só soar o alarme de estarem prestes a ser guilhotinados que não faltariam particulares e instituições em os ir bucar à editora! É um crime deitar pão fora quando há barrigas a dar horas. É um crime guilhotinar milhares de livros quando há fome e sede de conhecimento!
Desde a antiguidade que os poetas eram tidos como seres superiores, próximos de deuses. Ser poeta era ser criador! Como tal protegidos pelos poderosos! Agora não! Suas obras até guilhotinadas são! A corte persa de Mahmud de Ghazna, por exemplo, albergou 400 poetas, cuja função era didática, o que destaca o papel ético-polÃtico da poesia como elemento cultural educador dos cidadãos! Curioso que, até na evangelização do Brasil, a poesia era usada para catequizar os autócnones!
Porém, se a poesia é o perfume da alma, a forma mais Ãntima da expressão espiritual do Homem, ela pouco lhe rende! O seu “lucro†é mais o reconhecimento geral do que a acumulação de bens materiais! Da literatura, o ramo poético, em particular, pouco vende! Se o poeta não consegue ver seus versos editados já fica feliz em os soltar no ar intimista duma tertúlia de amigos. Antigamente era nas cortes reais, onde protegidos, ou em serões palacianos da fidalguia ou da posterior e rica burguesia! Escasseiam mecenas e cada obra é analisada sob o prisma do êxito material, não como valor contribuitivo para a parte mais espiritual do homem, não a material!
Hoje, a realidade é outra, mas terra que não descubra e não apoie seus poetas, seus artistas, é pobre de espÃrito ou curta de vistas! Mas atenção, que o poder não reside na ilusão quem pensa que o tem, porque o verdadeiro poder reside na vontade de quem obedece! E como dizem os poetas: Há sempre quem diga não e quem não vá por aÃ! Não guilhotinem corpos nem livros que deles são almas! .................xxxxxxxxxxxxxxx.............. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar
|