Cláudia Isabel
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« em: Agosto 25, 2010, 18:00:12 » |
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Amantina, Eu e os Restantes Leitores estamos bastante curiosos, confusos e obstinados em compreender afinal onde está o sentido desta história e de que modo ela se desenrolará e que fim poderá ter... Tudo isto é complicado numa fase experimental, quase que o medo de Amantina me invade a mim própria mas todos vamos ajudá-la a recuperar e encontrar a verdade que todos nós um dia negamos ou negaremos, a verdade das nossas vidas, uma das coisas mais complexas e estranhas.
Amantina acordou à uma da tarde do dia seguinte, faltou ao trabalho, estava com uma enorme dor de cabeça e de estômago, este ultimamente já se começava repetidamente a queixar-se com uma dor ingrata. Levantou-se cambaleando, bateu contra os guarda-vestidos, tirou de lá aquilo que iria vestir, de seguida olhou para o espelho mas logo lhe virou a cara, era doloroso ver aquilo em que se tornara, dirigiu-se à casa de banho e tomou um longo duche e deixou que primeiro o chuveiro e depois o repouso do corpo na água lhe lavasse a alma e levassem ao estado mais normal possÃvel tal como acontecera quando estivera com Manuel, sim, relembrar isso ajudaria imenso, num longo dia ou melhor numa longa tarde que tinha pela frente. Quando acabou de almoçar dirigiu-se ao hospital psiquiátrico. Aquela fora sem dúvida uma das cenas mais tristes que vira, ali só conseguia sentir pena, unicamente pena, D. Helena sua mãe de acordo com o bilhete de identidade, a mulher que estava ali amarrada, adormecida, com os cabelos revoltos, olhos enegrecidos, a mulher que vivera obcecada por um homem que a dizia amar e lhe batia, Ali a sofrer por ele na mais plena loucura, abandonada por todos e tratada como uma anormal repugnante...
-Mãe, mãe, sou eu a Amantina, mãe...
De repente D. Helena olhou para ela com os olhos muito abertos, enegrecidos, pálida olhava para a filha como se tivesse visto um fantasma, estava sem dúvida assustada, o mais difÃcil era saber com o quê...
- Mãe, que se passa, que aconteceu?
Amantina não fazia a mÃnima ideia como lidar com esta situação.
- Ele voltou e vai atacar de novo, não vai descansar enquanto não conseguir aquilo que quer, Cuidado...
Naquele cenário de terror Amantina ficou paralisada e desconcertada sem saber o que dizer, a voz da sua mãe tornou-se tão lúcida, tão clara e firme que…
- Mãe quem é ele, quem é ele? - Ele é (falava cada vez mais baixinho) o dono daquela casa que parece um palácio e tem um grande jardim onde uma fonte jorra água... Cuidado, ele irá atrás de ti, Vingança, Ele quer vingança...
-Mãe que casa? Qual casa onde? - Repetia ela num tom aflitivo quase agoniante. Não podia ser, segundo as indicações da sua mãe, essa era a casa onde estivera com Manuel, não podia ser, só podia ser engano, só podia ser... Oh MEU DEUS, QUE FAZER AGORA...
-Mãe, por favor conta-me o que passa, por favor... Mãe, mãe, NÃOOOOOOOOOOOOO.
D.Helena foi cercada de enfermeiras mas já era tarde demais, ela morrera e num longo suspiro dissera Ele matou-me... Alguém se acercou do copo que ali estava e depois de análises feitas, definitivamente ela tinha morrido envenenada e só tivera tempo de alertar a filha por entre frases mais confusas entre delÃrios.
Depois do funeral da sua mãe já a polÃcia estava ao corrente de tudo ou quase tudo, Amantina não fora capaz de falar-lhes na casa de Manuel, aquilo só podia ser um amostra de lucidez por parte de sua mãe...O terror apoderou-se dela, agora estava sozinha, e só tinha uma pista que se recusava a aceitar...Ela já não entendia onde ficava o Norte e o porquê da morte de ambos, Vingança, dissera sua mãe mas aquela frase do assassino ... Manuel...
Ele voltou e vai atacar de novo, não vai descansar enquanto não conseguir aquilo que quer, Cuidado... estas frases da mãe não lhe saiam da cabeça.
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