Figas de Saint Pierre de
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« em: Fevereiro 01, 2012, 22:37:57 » |
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Ao assistir, via TV, à cerimónia oficial da abertura do ano judicial, deu-me um triste gozo assistir ao desfile de brilhantes discursos (nisso somos muito bons) qual deles o mais assertivo no escalpe da situação actual da justiça em Portugal, sobre a qual a grande maioria dos portugueses acha que está má ou mesmo podre. Eu incluÃdo. Ao olhar aquele painel de tanta doutorice, alguns com vestimentas, que mais pareciam congeladas no tempo e fora do nosso tempo, onde tudo é rápido, se reestrutura, se adapta, e procura ser competitivo, dei comigo a perguntar por que é que a Justiça portuguesas teima em estar na mesma como a lesma!? Mas, porque é que a Troika ainda não cortou, em metade, (ou mais) os recursos, que permitem que Freeports, BPN’s, Casas Pias, Faces Ocultas, Isaltinos, Valentins, Fátimas, etc, sejam ou foram protagonistas de óperas bufas, em palco durante anos? Como é possÃvel que, após o 25 de Abril, neste Portugal, cada vez mais doutorado, tanta doutorice permita que um pobre coitado; um sem abrigo, pela sociedade desamparado, seja, por tentativa de furto dum polvo e dum champô num super-mercado, no valor total de 25 euros, levado a tribunal e, só passados dois anos, após tanto dinheiro gasto pelo Estado em custas processuais, este tenha condenado o arguido, que não compareceu à leitura da sentença, em 250 euros de multa? Coitado pequeno polvo, que foi levado à presença do polvo da justiça, toda togada, que mais parece uma câmara ardente para cozer o polvo do super-mercado! O problema da nossa justiça não é dizer que as pessoas são todas iguais perante a lei. O problema não é na ida, mas na vinda é que se vê a diferença! Digam lá, quantos dos grandes julgados ficaram em prisão efectiva? Claro que a razão é directamente proporcional ao seu poder polÃtico ou capital! Não pertencem à classe dos sem abrigo! Agora, como conclusão, só espero que o arguido, não pagando a multa, aceite ir para a prisão. Pelo menos, lá espera-se que tenha abrigo e pão, ou, então, que tente ir para a Holanda. Lá, o Jerónimo talvez arranje a pagar menos impostos sobre produtos desviados! Deixo um apelo: Pró ano, deixem-se de togas e apareçam de mangas arregaçadas, e não dêem mais espectáculos de só parole, parole. Já agora, se não aparecerem na televisão teremos a sorte de não assistir a mais parole, parole, parole! …………….xxxxxxxxxx…………. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
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