Solidão

[Alice Santos]

Sempre que a solidão
Vem visitar meus dias
Nas horas despidas de ti
 
Lembro teus olhos claros
Que me cegam de desejo
Nas noites de luar
 
Recordo teus lábios de fogo
Que me queimam a pele
No frio da madrugada
 
Sinto tuas mãos de ourives
Que moldam meu corpo
Como se joia rara fosse
 
Busco o oásis do teu corpo
Onde mato minha sede
No inferno seco dos dias
 
Quando a saudade emerge
Do fundo da minha alma
Calo no peito um grito mudo.
 
17.dezembro.2014
Alice Santos

[Goreti Dias]

Uma solidão muito bem descrita. E discreta. Parabéns!

[Dionísio Dinis]

Assim se vai acompanhado com poesia.E em boa companhia.

[Alice Santos]

Obrigada Goreti e Dionísio.
Sempre tão gentis.
Ainda bem que há amigos como vós.
Beijinhos

[Nação Valente]

Xeque mate à solidão com poesia.

[António Lóio]

Alice
Uma confissão poética bem conseguida!
Tom

[Alice Santos]

Nação Valente e Tom
muito obrigada pela leitura de mais uns versos meus.

Abraço

[helenacosta]

  Encantadora, esta solidão!