TOURADA ENTRE POETA E PALAVRA

[josé antonio]

Compareceram
na hora marcada
numa arena
que nem redonda
rectangular ou quadrada.

Mas arena.

Num guardanapo de papel…

O poeta escrevia
a palavra marrava
o poeta alterava
a palavra riscava
o poeta dizia
e a palavra ouvia.

E o poeta saiu em ombros
da arena
dos leitores e da palavra…

[Vóny Ferreira]

Curiosamente este poema, por coincidência ou não... fez-me lembrar (alguns) que fazem realmente das palavras autênticas touradas, como se vivêssemos todos numa arena e andássemos a esgrimir patetices!
Perdoe-me o desabafo, meu querido amigo e agora sim acrescento, que achei tremendamente original este seu poema.
Abraço,
Vóny Ferreira

[Abgalvão]

E o poeta, teimoso,
pegou a palavra de caras
sob aplausos silenciosos
e guardou o guardanapo
no bolso das recordações.

Cumprimentos

[Goreti Dias]

Deveras original! Andamos por aí mais ou menos às marradas às palavras...

[josé antonio]

Olá Vóny,

Tourada e sem coragem apenas para uma pega de cernelha!



Abgalvão,

Você estava lá, amigo?
Ou advinhou?




Domingos da Mota,

Também estava lá, como o Abgalvão???



Goreti,

Mas não é só de agora!



Abraço para todos vós e cuidado com as "marradinhas"... que não com palavras. Estais a topar?

[RosaMaria]

Poema diferente e muito interessante.
E eu que não gosto nadaaaaa de touradas, desta gostei,
jinhos
Rosamaria

[josé antonio]

E se no final da tourada servirem uma, ou duas, ou três fatias de "cheese cake"?
Até a palavra se transforma em touro e se senta ao lado do poeta a lanchar...
Abraço

[Goreti Dias]

Até nós!