Ventos de solidão

[Abgalvão]

Abriste a janela e o vento entrou
violando as cortinas de alva renda
que te enfeitam a solidão.
Ávido e descaradamente beijou
teu ventre, teu colo, teu corpo desnudo,
afagou teus seios, tua pele veludo,
e a virtude lhe deste como prenda.
Invadiu teu espaço, teu quarto prisão…
tua cama ninho, esperança, quimera…
a fronha mordaça que mordes na espera
a colcha o afago que abafa a paixão.
Fechaste a janela e o vento saiu,
a lua se foi e a noite cobriu
teu corpo suado ardente e febril.
O sono chegou e o sonho também
em forma de estrela lembrando-te alguém.

Abgalvão (In fantasias, amor e poesia)

[Vóny Ferreira]

O seu poema é de um erotismo tão poético,
que... ler, reler, ler, reler, será sempre um
acto de ternura.
Muito belo!
Um abraço,
Vóny Ferreira

[helenacosta]

 Poema belo e apaixonante! Gostei muito de o ler e como diz A amiga, Vóny, e reler.

Beijo
Helena

[vilde]

Essa solidão acompanhada
pela sedução em fantasia
tem ventos de alvorada
e aragens de nostalgia.

Bj
vilde

[luadepedra]

Ler e reler é a única forma de exultar este poema, que tão inevitavelmente nos transporta ao cume de estranhas e deliciosas buscas.

1 Bj*
Luísa

[Abgalvão]

Às amigas

Vony
Helena Costa
Vilde
e Lua de Pedra
Aos amigos
Domingos da Mota
e Julio Saraiva
Os meus agradecimentos pelos comentários a este meu poema.

Cumprimentos