OS TEUS OLHOS

[Vóny Ferreira]

Não sei distinguir
A cor dos teus olhos
Agora que se tingiram
de nuvens carpidas.
Não encontro os buracos
Onde cantavam os grilos
Nesse crepúsculo sem tranças
A beijar o nevoeiro.
Os véus que os cobriam
De repente rasgaram-se
Não sei porque vislumbro
Os escombros que me aluem
Não pressinto nem vejo
Os ninhos dos pássaros
Que esvoaçam sem asas
No crepitar do fogo.

Por isso…
sem isso…
Adeus!
Meu Deus, banido...

Só me resta fugir
da noite que me persegue…
Já não sei reconstruir
a identidade do teu olhar
Neste reflexo turvo
De espelhos partidos.

VÓNY FERREIRA

[Vóny Ferreira]

Sim... obrigada!
Vóny Ferreira

[Goreti Dias]

"Já não sei reconstruir
a identidade do teu olhar"

Reaprendes! Pela poesia, na poesia!
Beijo

[josé antonio]

Boa tarde poetisa Vóny Ferreira,

" Só me resta fugir da noite que me persegue.../

- mas essa "fuga" é o fascínio da vida!

Abraço

[Vóny Ferreira]

Goreti e José António.
Repetirei vezes sem conta os vossos conselhos.
Obrigada.
Beijo a ambos
Vóny Ferreira