CULTURA RESISTENTE

[josé antonio]

Espanha – Um baluarte contra a crise

As vendas de livros de bolso e a frequência das bibliotecas e dos teatros atravessam um crescimento surpreendente num país bastante atingido pela recessão. Uma visão de conjunto em Barcelona.
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De que estamos nós dispostos a prescindir em tempos de crise? Seguramente que não de alguma cultura e passatempos. “ A cultura é o que permanece quando se esqueceu tudo o resto” – Edouard Herriot nos terríveis anos de 1930. Também em Espanha que a cultura deixou de ser entendida como algo de supérfluo, antes uma necessidade quotidiana.

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Por muito sombria que seja a paisagem económica, permanece o espaço para a imaginação, a inovação, a adaptação.

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Núria Cabutí – directora editorial das edições DeBolsillo – “ Em Janeiro as vendas de livros de bolso aumentaram 17% em Espanha.” Esta editora edita 280 títulos por ano com preços que oscilam entre os 5,95€ e os 9,95€.

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Segundo um ditado célebre: - O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista afina as velas.

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As vendas de livros caros – de arte cerca de 40,00€ e mais – caíram 15%.

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Certas livrarias aguentam-se bem. A cadeia Bertrand, que tinha oito pontos de venda em território espanhol, inaugurou a 3 de Março uma livraria de mais de 1500 metros quadrados com 25 empregados, no centro de Barcelona. Não longe dali, a livraria La central é mais um exemplo de estabelecimento sem problemas. “ Temíamos o pior “ – comenta o director António Ramirez. “Em Novembro, não entrava auqse ninguém, mas em meados de Dezembro tudo mudou e as vendas aumentaram 7%. Acabámos o ano com uma subida de 4 a 5%.

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Outra consequência directa da crise: os estudantes de fracos recursos refugiam-se cada vez mais nas bibliotecas de Barcelona. A frequência aumentou 11% e o empréstimo de livros 12%.

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No entretanto o sector mais dinâmico é o teatro. Daniel Martínez, director do grupo Focus, transborda de entusiasmo. “ No ano passado – diz satisfeito –“ a frequência teatral aumentou 20 %, graças às comédias musicais e o público das salas alternativas 30%”.
Ao contrário do cinema ou da música – lembra – “ o teatro é uma representação única e insubstituível. Em vez de sofrer com as inovações tecnológicas, beneficia delas”. - Setenta por cento do público situa-se entre os 35 e os 50 anos.

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Relativamente à Arte, o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona está entre os que apresentam menos problemas. Terminou o ano de 2008 com um aumento da frequência na ordem dos 15%.

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O cinema e a música são os que enfrentam mais sérios problemas devido à concorrência dos DVD e não só.


Pesquisa e coordenação de
José António
8 de Maio de 2009

[Goreti Dias]

"Por muito sombria que seja a paisagem económica, permanece o espaço para a  imaginação, a inovação, a adaptação."
Mais do que isso, nessas alturas é que a imaginação, a inovação e adaptação mais necessárias são. Daí o seu florescimento em época de crise.
Abraço

[Carlos Rodrigues]

Espanha – Um baluarte contra a crise

As vendas de livros de bolso e a frequência das bibliotecas e dos teatros atravessam um crescimento surpreendente num país bastante atingido pela recessão. Uma visão de conjunto em Barcelona.
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De que estamos nós dispostos a prescindir em tempos de crise? Seguramente que não de alguma cultura e passatempos. “ A cultura é o que permanece quando se esqueceu tudo o resto” – Edouard Herriot nos terríveis anos de 1930. Também em Espanha que a cultura deixou de ser entendida como algo de supérfluo, antes uma necessidade quotidiana.

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Por muito sombria que seja a paisagem económica, permanece o espaço para a imaginação, a inovação, a adaptação.

Nestas alturas e que se vê quem têm engenho e artepara dar a volta a situação.

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Núria Cabutí – directora editorial das edições DeBolsillo – “ Em Janeiro as vendas de livros de bolso aumentaram 17% em Espanha.” Esta editora edita 280 títulos por ano com preços que oscilam entre os 5,95€ e os 9,95€.

Será que o conteúdo dos livros de bolso ou capa rija não é o mesmo??

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Segundo um ditado célebre: - O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista afina as velas.

Ora ai está! Tudo depende da maneira de ver de cada um!

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As vendas de livros caros – de arte cerca de 40,00€ e mais – caíram 15%.

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Certas livrarias aguentam-se bem. A cadeia Bertrand, que tinha oito pontos de venda em território espanhol, inaugurou a 3 de Março uma livraria de mais de 1500 metros quadrados com 25 empregados, no centro de Barcelona. Não longe dali, a livraria La central é mais um exemplo de estabelecimento sem problemas. “ Temíamos o pior “ – comenta o director António Ramirez. “Em Novembro, não entrava auqse ninguém, mas em meados de Dezembro tudo mudou e as vendas aumentaram 7%. Acabámos o ano com uma subida de 4 a 5%.

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Outra consequência directa da crise: os estudantes de fracos recursos refugiam-se cada vez mais nas bibliotecas de Barcelona. A frequência aumentou 11% e o empréstimo de livros 12%.

Ora ai está uma exelente alternativa
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No entretanto o sector mais dinâmico é o teatro. Daniel Martínez, director do grupo Focus, transborda de entusiasmo. “ No ano passado – diz satisfeito –“ a frequência teatral aumentou 20 %, graças às comédias musicais e o público das salas alternativas 30%”.
Ao contrário do cinema ou da música – lembra – “ o teatro é uma representação única e insubstituível. Em vez de sofrer com as inovações tecnológicas, beneficia delas”. - Setenta por cento do público situa-se entre os 35 e os 50 anos.

Por muito má que a peça seja dá sempre para rir qualquer coisinha, e nunca fiquei a chorar o dinheiro dado para ver uma peça de teatro, ao contrário das desilusões que apanho algumas vezes no cinema.
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Relativamente à Arte, o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona está entre os que apresentam menos problemas. Terminou o ano de 2008 com um aumento da frequência na ordem dos 15%.

Pela qualidade que o mesmo têm, não duvido minimamente, aconselho a visita!
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O cinema e a música são os que enfrentam mais sérios problemas devido à concorrência dos DVD e não só.

Baixem os preços dos cds e dos dvds e certamente as pessoas compram os originais.


Pesquisa e coordenação de
José António
8 de Maio de 2009

[Goreti Dias]

Carlos, umas alternativas bem realistas!

[josé antonio]

Bom dia Carlos Rodrigues,

Gostei dos seus acrescentos ao meu texto.
Temos de pensar em escrevê-los em conjunto...
Lá diz o ditado que " da necessidade nasce o engenho!"
E é bem verdade. Até na culinária tenho seguido óptimas ideias para nos alimentarmos bem e de forma muito mais económica.
Abraço amigo e já agora, boa praia!

[marcopintoc]

José António,
Boa crónica. Muitos interessantes os factos que aqui partilhas e também digno de relevo o comentário do Carlos Rodrigues
Abraço
Marco

[Oswaldo Eurico Rodrigues]

Olá, José Antonio...

A cultura é imprescindível quer nos momentos de bonança quer nos momentos de crise. Tudo passa e ela permanece, posto que é dinâmica, portanto viva e adaptável.

Grande abraço.