O fechar dos ciclos “the day after”

[vilde]

O fechar dos ciclos  “the day after”

Tudo tem princípio e fim
à superfície da Terra

 Fechou-se mais um ciclo
do preâmbulo   na loucura dos assédios

 Na experiência desesperada dos números
deu resto zero   o vazio da subtracção

 A indiferença eclodiu   e um silêncio tumular
 - tomou forma  numa  adição desmedida -

 Acumula-se a lonjura dos sentidos
e multiplica-se o desprezo no esquecimento 

 Sai diminuída  a amizade   dividida por  cálculos
estrategicamente pré-definidos

 No ruído do mundo leviano  desabrocha em cada um
a dor imensa   da solidão

 Surge então   uma muralha defensiva de gelo
com ameias de pedra e  repleta  de distância

 …aguardando ansiosamente a presença
- dessa ausência na memória -

23/06/08
Mavilde Lobo Costa
(In Do real à magia)

 

[Goreti Dias]

Um conjunto de dísticos bem organizados e de belas imagens poéticas.
Beijo

[Abgalvão]

Parabens Vilde por este excelente poema.
Beijo

[Joaquim Sustelo]

Se entendesse... comentaria.
Beijo

[vilde]

Obrigada Conceição, por ser uma pessoa generosa, bem formada e não sofrer de umbigo impante...rssss pois parece haver por aqui, muita gente a sofrer de hérnias umbilicais...pena é, que não se enxerguem e quando criticam os poetas cuspam para o ar, e tirem o rabinho deles para fora dos defeitos genéricos e presunçosos de que acusam os outros, iguais ou melhores que eles...será que alguma vez pensaram que escrevem melhor que os outros? Onde? Quando?Como? Porquê? Que miséria de inconsciência! Pobre terra rota, chove nela como na rua!Talvez com um simples alfinete se resolvesse a situação...e talvez também se desemprenhassem alguns ouvidos, limitados por meias conversas...

Mudando de assunto. Parabéns e que tudo corra pelo melhor, com esse seu filho do coração, que foi lançado hoje.
Abraço
vilde


Obgd Goreti, pelas suas palavras, sensatez e cordialidade.
Bj
vilde

Obgd Galvão. Informo-te amigo, que quanto mais conheço os homens, mais gosto do meu cão...
Vales mais tu, com a tua expontaneidade e pureza de linguagem, do que os pseudointelectuais de café, pejados de arrogância,  vaidade e muita cobardia que por aí populam...
Bjs
vilde

Obgd Domingos, " não há forças que me vençam, nem marés que não convenham"...
Os muros arrogantes derrubam-se...ou picam-se...pra esvaziar.
Bj
vilde

[vaza pinheiro]

Vilde

Gostei muito do teu poema e da forma directa com que tratas o tema. Que não te doam as mãos e que não desabroche a dor imensa da solidão.
 
fernandovaza

[vilde]

Joaquim, este poema refere-se como o título diz, ao fim de um percurso e inicio de outro, daí chamar-lhe ciclo: por exemplo a morte de alguém, um divórcio, ou o fim de uma paixão.  como é sentido no (dia), ou tempo imediatamente após...
Claro que o resto...são interpretações pessoais...
Sei que preferes a rima...
Um Bj
vilde


Fernando Vaza
Obgd pelo teu comentário.
Tem calma amigo...tenho tempo para as dores (mas já ando com um braço a ficar com sinais de ferrugem) e a solidão por vezes é bem pior se estamos acompanhados...
Um bj
vilde