Jorge Vieira Cardoso
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Sobscrevo frases e dou-lhe a nossa morada....
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« em: Outubro 02, 2009, 11:27:13 » |
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não sei se este tópico é o indicado, mas aqui partilho o meu luto...
Ainda Setembro e bem preguiçoso, no meio da penumbra o dia nascia, tão pequenino! Tal e qual o Outono acabadinho de chegar. Repimpão e manhoso aquele sol atrevido preparava-se para aquecer as colinas, onde os cachos de uvas passado horas e arrancados pelas mãos cálidas se desprenderiam das vinhas a horizonte da falésia. Na enseada aquela criatura de Deus pernoitava em segundos derradeiros. No abrir de olhos reuniu forças e pediu mais uma vez a grande mão em amparo, tentando completar a caminhada que os passos do tempo levariam até mais além… Sorte da memória, ramo de glória em árvore genealógica que acompanha o suspiro até ao último momento, que se solta feito lamento, tal e qual fruto da ramada. Mas o corpo sofrido em rosto gracioso regressa ofegante e deita-se devagarinho no leito. Libertou-se e deixou-se levar pelo sono mais longo, carÃcia perfeita da imperfeição terrena! Depôs das suas mãos o testemunho da passagem ao apagar dos olhos, para que seus filhos vejam no fundo do templo o altar, aquele espaço de um abraço acometido ao pranto lamento de um cansaço.
A Progenitora…Elevo o meu testemunho ao som inacabado do momento, durante o meu sono poderei libertarei a angústia do eclipse.
E…enquanto as lágrimas do vosso luto indagaram o silêncio farto
Cederei o entregar da dolência impune
Para libertar num grito surdo, o som da alma…
Ai de ti… querida mão que seguras o fim…
Num espÃrito de sinopse entretido no meloso vento
Na madrugada…
Não contesto o quão durável é a minha expiação
Por que eu… acabei de lhes dizer Adeus…
Respondem os filhos dizendo: para quem tanto nos amou… nunca esse “Adeus†terá punição!
bem junta de Deus faz descer até nós as tuas mãos, os teus carinhos, enrola sempre os nossos cabelos, já que foste e serás sempre...doce tão doce mãe!
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