Calo-me

[Vanda Paz]

Existem
Quartos crescentes
Meias luas
Luas inteiras
Que atormentam

São vozes
Ecos
Sombras
São carne rasgada
Dores amestradas

Existem
Cegueiras sem perdão
Ausências sem razão
Silêncios falsos
Viciados
Enganadores
Que moem
Que corroem
Peitos esquecidos

São gritos vazios
De palavras com cio

Eu
Calo-me

[Goreti Dias]

Mais vale o silêncio... aliado às tuas belas palavras!
Beijo

[carlossoares]

Um poema muito subtil e intensamente emotivo.
Gosto.
Beijo

[josé antonio]

Olá Vanda,

As formas, tamanhos e luminosidade da Lua convidam ao silêncio, sem dúvida, e dão para produzirmos imagens como as deste poema.

" São gritos vazios/ De palavras com cio/ Eu / Calo-me".

Perdoe-me a curiosidade, porque será que a poetisa Vanda, SE CALA e ORDENA SILÊNCIO AOS DEMAIS?...

De vingança vou reler este poemas. E faça queixa à polícia...   
Abraço

[Vanda Paz]

Goreti e Carlos

Obrigada pelas vossas palavras

Beijos

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josé antonio

FAÇA O FAVOR DE NÃO GRITAR COMIGO, para que possa pensar baixinho...

Leia sim mas leia em silêncio por favor (eheheheh)

Abraço amigo josé antónio

[AnaMar]

Nesse calar não compactua com o silêncio atroz???

Quem escreve assim, jamais se calará. E ainda bem!
Bj

[Vanda Paz]

Obrigada Ana

Bjo

[Dionísio Dinis]

Existem caminhos diversos de escrever poesia, existe ainda assim também esta forma exigente de nos transmitir ideias com claridade e magia poética.Grato pela partilha.

[gdec2001]

Belo poema, cara Vanda . De um intenso e sofredor subjectivismo .

Mas não será " Que corroem " em vez de "Que correm " ?
Ou não ?

Abraço
Geraldes de Carvalho

[Vanda Paz]

Amigo DD

obrigada pelas palavras

beijos


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Amigo Geraldes

  estou cada vez mais trapalhona

obrigada, é corroem sim (já alterei)

Beijos e até sabado

[Alice Santos]

Parabéns Vanda.
Um poema intenso, com cadência... Gostei muito.
Beijinho.
Alice

[Vanda Paz]

Obrigada Alice

Beijinho