Subi na chuva fria

[Goreti Dias]

Subi na chuva fria,
cresci nas ameias do arco-íris
e sonhei com um sol no teu regaço;
Debrucei-me na varanda dos teus sonhos,
calcei as meias de seda
e o meu cinto de ligas;
Deite-me no teu dorso,
enrosquei o sol nas minhas ancas
e a lua nos meus ombros;
Partimos a caminho da vida,
neófitos convictos da pedra angular
nos alicerces de cada um.

[J. Mota]

Melodia mais que perfeita.

[Anselmo D. Saraiva]

Vale mais que um poema.É ouro poético.

[Lucrécia Bórgia]

Que inveja deitar nesse dorso deve ser : : :

[Conceição Constantino]

O Sol e a Lua não se devem incomodar : :

[Fernando D.]

Que lugar maravilhoso. Obrigado ela viagem proporcionada.

[Ana Coelho]

Subtil regaço de amor

Beijos

[Goreti Dias]

Obrigada pelo vosso carinho e atenção. Beijos

[carlossoares]

«A pedra angular /nos alicerces de cada um» é mesmo a pedra angular deste poema inebriante, com a marca muito forte da Goreti.

[Caucasiana]

Ainda que progrida na escala da maçonaria, continuarei a lê-la 

[Dionísio Dinis]

 Este poema, é  lugar bem alto de fazer poesia.
Muito bom momento de bem escrever!

[Goreti Dias]

Obrigada a todos.
Beijos

[Filinto Pinto]

Uma maneira de ver os sentimentos em crescendo.

[siouxsanne]

Gosto da maneira com o Sol e a Lua se aninham nestes versos!

Um grande beijinho!

[Leonor Telles]

Um amor tão alto que leva o eu poético a "subir na chuva", a caminho do arco-íris; um amor plantado na ideologia (alegoricamente, na maçonaria - "neófitos"), mais do que na carne. Na "pedra angular" se firmará o amor do "eu" e do "tu" para, convictos, o fazerem a cada "pedra" mais sublime. Mesmo estando patente uma dose de erotismo indiciado pelas meias de seda e cinto de ligas, o "eu" deita-se no dorso do "tu" e não sobre o seu peito. O Sol e a Lua cobrirão a sua nudez. Do sonho para a vida. Voando juntos.
Um amor ideal, quase platónico. Uma alegoria, este poema.
Perdão pelo entusiasmo