Figas de Saint Pierre de
|
|
« em: Janeiro 03, 2015, 18:57:59 » |
|
FAÇAM FILHOS QUE NÓS VENDEMOS AS FRALDAS. No Japão; paradigma do desenvolvimento asiático, pelo quinto ano consecutivo houve redução dos bebés nascidos; só perto de um milhão, enquanto que a população, em geral, sofreu um aumento; uma redução um milhão e duzentos mil! Não tarda, diz o Governo, que a maioria da população tenha, em média, mais de 60 anos! Isto, demonstra bem que o tal desenvolvimento e modernização da sociedade, caminhando para o robotismo, origine, nas sociedades desenvolvidas, a redução da população! Porquê? Simples é a resposta, pois que havendo mais e mais bens de consumo mais desperta o apetite para os possuir, mas, para isso, em vez de ser só o homem a conseguir trazer a “caça” para casa, necessita da ajuda da mulher, para conseguir pagar a renda ou o apartamento, pagar o carro, ter férias, vestir bem, almoçar fora, ter computador, telémóveis, etc, etc. Sendo assim, com a mulher inserida nas atividades laborais, com os horários, com o stress e com os parcos rendimentos que aufere, não sobre tempo nem disposição, nem condições económicas financeiras para ter filhos! Quem é que admite ter três filhos, por casal, para aumentar a população? Quem os paga? Onde as condições econômicas, que permitam pagar despesas de alimentação, vestir e educação? Esta alteração do tradicional e natural papel da mulher para ter filhos e deles cuidar enquanto que aos homens competia o dever de providenciar a educação e alimentação da sua prole foi substancialmente alterada pós Revolução Industrial, pois se até aí apenas ajudava, nos tempos livres, o marido no trabalho nos campos, agora está subjugada a horários intensivos, que a escravizam, sob todas a s formas, alterando o ritmo normal da fertilidade. Não cabendo a aqui a discussão filosófica sobre direitos ao trabalho, o pragmatismo da questão é que hoje em dia é por demais evidente que a inclusão das mulheres, de forma intensiva, origina o abaixamento da natalidade. O que está a acontecer no Japão é a consequência de mais um “copianço” do que se faz no Ocidente, pois que neste, nomeadamente, na Europa, a média da natalidade não ultrapassa, nos países desenvolvidos, 1,2 bebés por casal. Portugal é considerado como tendo uma das médias mais baixas! Acontece que, é normal, a um industrial só lhe interessar produzir bens que outros consumam, porém, a pergunta é: quem é que se preocupa em produzir futuros consumidores? Por outro lado, quem produz procura sempre a automatização de processos, o que leva à dispensa de postos de trabalho. O que quer é que haja quem consuma! O foco da política econômica atual é produzir, produzir, vender, vender, exportar, exportar. Esta semana, o Governo Português anunciou um pacote de milhões para ajudar as exportações, mas onde outro pacote de milhões no apoio à promoção da natalidade? É muito bonito desejar que outros tenham filhos, apenas garantindo vender as fraldas! E por falar em fraldas, o mercado interno tende a aumentar, visto que Portugal está, embora não tão desenvolvido como o Japão, a transformar-se num gigantesco Lar da Terceira Idade. Termino, com a satisfação de saber que em 2014 nasceram mais bebés do que em 2013, ano em que Portugal viu reduzir a sua população em sessenta mil pessoas. Não quero terminar sem deixar ficar, ao meu jeito, uma nota sarcástica, dirigida ao Ministro de Economia; visto que estamos a produzir muitos velhos: tentar fazer um protocolo com os produtores de vinho do Porto, de maneira que os engarrafem, para exportação!
Um velho em cada garrafa é garantia de mais qualidade, mais vintage! Eu também estou na calha. ..............xxxxxxxxxxxxxx................ Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque Gondomar.
|