As cores das paredes invisíveis do céu

[carlossoares]

Abrigado à fachada
Histórica
Sobranceira à vida
O que resta do teatro
Monumental
Um letreiro no telhado
Vê-se das janelas
Do hospital
Do outro lado
Da avenida
A cor caca
De pombo
Da estátua
Da dor
Andrajosa
Fita
Surda
Como se não estivesse diante
Da sua quinta
Entre herbáceas bravas e
Gramíneas venenosas
Sobre o entulho
De tijolos e caliça
Nas traseiras
Do Tesouro
Universal
Ninguém sabe
As cores das paredes
Invisíveis
Do céu.

[Goreti Dias]

Amigo, só os poetas sabem essas cores!
Um abraço

[Dionísio Dinis]

Ritmado e estruturado em palavras e ideias consistentes.Um muito bom poema!

[Mel de Carvalho]

Um prazer a leitura dos seus trabalhos.
Grata pela partilha,
Mel

[carlossoares]

Goreti,

é isso. Aos poetas é concedido saberem tudo. Não estou a ironizar.
Não há limites para a imaginação.
"A imaginação é mais importante do que o conhecimento", Einstein disse.
Imaginemos tudo.
Sintamos tudo.
Saibamos tudo.
Um abraço.

[Guacira]

Verdade...sintamos !
Einstein disse tudo...
Um texto melancólico e poético, pela constatação...
Gostei muito.
Um abraço,
Guacira.

[carlossoares]

D. Dinis,
Mel,
Guacira,

agradeço a vossa gentileza.
Abraços.

[elvira]

Adorei este seu poema, parabens. bjs elvira

[Lucibei]

Um grito de revolta muito bem pintado...tão bem, que também eu fiquei revoltada.
Beijo

[carlossoares]

Elvira
e
Lucibei,

grato pela visita e pelo comentário.
Abraços.

[Laura]

Ninguém sabe as cores das paredes invisíveis do céu... porque não são realmente nem cores, nem paredes. E neste seu poema, pareceu-me que as cores das paredes invisíveis do céu eram as cores de uma infância feliz. Perdida, mas nunca perdida, porque feliz.