Dá-me a mão e vem!

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Vem comigo,
dá-me a mão!
Mergulha no meu olhar,
como que, em água cálida e cristalina
fluindo livremente
num rio, que desagua bem distante
em mar aberto,
em mar sem pranto.
Lê os meus olhos
e segue-me,
mas não venhas atrás de mim;
adianta o passo,
passa para meu lado
compassa-te em mim
e caminhemos juntos
de mãos dadas, sempre.
Consegues ver como eu?
Muito para lá do horizonte?
Sem olhar?
Nem precisas abrir os olhos, confia!
Consegues ver para além do que está visível?
Assim se lê a alma,
e eu abri-te a minha…
deixei-a aberta,
tal opúsculo que te ofereci
com página marcada.
Lê-me e nada temas,
porque para lá de qualquer perspectiva,
da minha, da tua,
de qualquer um de nós,
para além de qualquer óptica, miragem ou utopia
que pode ser mutante
está apenas e só,
o que ainda nos falta viver.
 
Faz de mim tua musa, dá-me a mão e vem!

[Goreti Dias]

E quem resiste a um convite assim?!
Bj

[zésilveiradobrasil]

Gostei Poetisa Gina. Dar-se as mãos. Não há ato mais sublime, creio que é a forma mais segura e poética de caminhar para a felicidade. (confiança mútua).
Um beijo e meu fraterno abraço,
Silveira

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Querida Goreti, há quem resista sim...sabe-se lá porquê!
bj

Caro amigo Silveira,

Obrigada por me apelidar de poetisa!
A confiança mútua é algo tão essencial mas nesta sociedade que vive em desconfiança é tão raro encontrar-se...é preciso andar à procura de lupa!!!!

Obrigada pelas suas palavras
Um beijinho