talvez amanhã

[Mel de Carvalho]

talvez amanhã
o sol atravesse a neblina que se eleva desta várzea,
verdes campos d’arroz,
ladeados de terra seca desta Lezíria,
restolho minguado e triste
do que foi Sol, espiga matura,
ceifada e solta
e logo calcorreada ao estio de Julho.

talvez amanhã
me sente sob a copa daquele pinheiro manso
no vagar da tarde
leia um livro que, amarelado, jaz na prateleira
e ninguém leu

e as letras me enlacem em ternuras
e as palavras me tragam
vidas devolutas
e preenchidas
na cor púrpura de todas as crenças …

e nesta planície se distendam pacificadas
quais papoilas rubras

“um tudo, um nada …”
            … um tudo e um nada …

talvez amanhã, meu amor,
sintas o meu olhar como um pássaro livre
em danças d’enamoramento
de fronte ao teu …

e, cúmplice, te devote, grata, este fragmento de mar e céu

             talvez amanhã …

[Goreti Dias]

Talvez amanhã...
Lindo!

[elvira]

Talvez amanhã, possamos enebriarmo-nos com o perfume ondolante das searas, e com os beijos rubros das papoilas. Talvez amanhã talvez.Lindo o seu poema, parabens poetisa. Bjs Elvira

[Liliana Jardim]

....
e as letras me enlacem em ternuras
e as palavras me tragam
vidas devolutas
e preenchidas
na cor púrpura de todas as crenças …

Talvez? não.. amanhã continuarei a ler a tua bela poesia, amiga.

Beijinhos Mel
Tudo de bom para ti

[Mel de Carvalho]

Talvez amanhã...
Lindo!

Goreti ... talvez amanhã!!!!
Num amanhã sem tempo que o tempo é apenas um construto ...

Beijo grato
Mel

[Goreti Dias]

Enganas-te! O amanhã esta à porta!
bj

[VandaMMR]

Desejo que esse amanhã aconteça!
Um abraço
Vanda

[Mel de Carvalho]

Desejo que esse amanhã aconteça!
Um abraço
Vanda

O amanhã é sempre o devir...

Obrigada Vanda. Um terno beijo