Teresinha Ferraz
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« em: Setembro 22, 2008, 16:57:58 » |
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Fazes o que tens a fazer, enquanto a culpa não te afoga os pensamentos e o teu coração não decide pelo politicamente correcto, pela norma universal... Levas pouco tempo a mudar de vida, mal tu sabes que a nossa lembrança não te vai sair da cabeça tal como a marca dos meus dentes não saiu do lado esquerdo do teu pescoço, abaixo daquele pequenino sinal que tens. - "A noite passa, mas a chuva fica" Ainda sinto o teu beijo no canto do meu lábio inferior a tremer freneticamente, como quando o sangue passa a correr. Por fim, depois de um tempo tornaste-te sabor em mim, fluxo de sangue, cambada de células, de tudo que o meu corpo é feito e que eu não sinta vontade de o transcrever aqui porque te iria desgastar. "Cada cabeça, sua sentença." Faz tudo de novo, muito bem feito: Enrola-me nos teus lençois, sente o meu beijo amargo nas tuas pálpebras enquanto dormes, as minhas mãos tocarem o teu moreno peito enquanto as tuas se enrolam por entre os meus suaves cabelos e os puxam com força... Peca(-me). Saboreia a minha pele, hoje lavei-a com sabor a morango, espero que seja a tua fruta favorita. Se não for, então chega-te a mim, faz para que passe para o teu corpo o aroma do meu. É a minha fruta favorita, estás com sorte. As minhas unhas encarnadas riscam a tua pele formando linhas verticais de prazer, uma e outra vez, como um desenho abstracto que adoras rever. Até não poderes mais e dominares-me com um beijo apaixonado que sabes que me faz deixar cair a máscara de força extrema e desvanece em doçura. És, sem dúvida, perspicaz. Permaneces a meu lado, deixas os meus olhos se fecharem e passeias a palma da tua mão pela minha cara... bem aberta, com os teus dedos bem esticados, deixas escorregá-la ao longo da minha face, observando-a de ponta a ponta. Venerando-a. Faltam apenas umas horas até partires, cerca de duas horas depois de acordares irás tomar tudo como um erro gigante, voltar ao teu lar e convencer-te da inexistência da minha pessoa. - "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade."
Vai, volta depois, se quiseres. Se não voltares o rancor irá passar, irá dar lugar á paciencia, á espera sem cessar. "Não há ausencias sem culpas, nem presentes sem desculpas."
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