Luis F
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« em: Outubro 13, 2009, 16:09:54 » |
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Alguém acordou Quem era? Perguntou uma voz Não interessa por agora Apenas digo… era alguém nesta história, Escrita nos cardeais do tempo. Vestia um manto azul Um mar que rasgava o dorso da costa, Pintado com linhas profundas, Desenhadas por mestria de alto a baixo Aqui e ali manchas coloridas Onde se formavam pequenas ilhas Esvoaçando nelas aves migratórias. O vento deslocava aquele ardor… A fragrância perdida de uma adega esquecida Onde os barris jazem entre o pó do chão Velhos, perdidos, seu conteúdo de rico sabor Licor dos deuses que estimula os sentidos. Os seus olhos brilham como estrelas Iluminando assim o rosto já de si escuro como a noite De profundo sorriso, cativante, território sereno Ascendendo por vezes melodias de silêncio No doce cantar da sua voz. Fui ao seu encontro, Uma personagem cativante Alegrava quem via, o aroma de baunilha Arco-Ãris maravilha Que as pegadas deixavam No seu rasto na areia. Marcado pelos seus braços fortes, Um caminho seguro, sólido como um rochedo Que acendem no abraço fogueiras de mescla de sentimentos Germinando raÃzes de arvores verdejantes Com rubis verdes, de uma verde esperança Por vezes esquecida nas memórias dos segredos. Do silvo dos seus lábios, O sopro que fez ondular pequenas ondas em rios, Onde navegaram barcos perdidos De velas destemidas Tantas e tantas vezes, ancorados ao cais. Esse alguém passou por mim, Acenou-me e seguiu o seu percurso Sem olhar para trás… Quem era? Perguntaram outras vozes Não interessa… disse eu Aliás digo, apenas é uma pessoa, ponto. Sorri e pensei Enquanto declamava esta história Alguém na realidade é Que transforma os teus, os meus sonhos Outros talvez dirão – um ANJO!
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