Figas de Saint Pierre de
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« em: Janeiro 27, 2013, 14:51:41 » |
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DESILUSÃO ALPINISTA! O menino cresceu. Tinha sonhos de ser um famoso alpinista; de subir aos cumes das montanhas mais altas do mundo. Em cada aniversário, só pedia que lhe dessem, como prendas, material de alpinismo. Tudo que garantisse boas escaladas. Teve bons professores e não tardou que ficasse com muita confiança, para se aventurar a atingir os grandes cumes e ficar famoso pelas suas proezas. Cada vez mais se aventurava nas montanhas mais altas. Olhando os altos cumes e pensava: -“Eu vou conseguirâ€. Um dia, cheio de sol, ei-lo, de partida para uma escalada até ao cume duma montanha, muito, mesmo muito alta, a que ele ainda não tinha subido. Passada após passada, pé-aqui, pé acolá, ferros cravados na rocha, cada vez mais a pique, cordas de apoio na progressão da escalada, e cada vez mais o cume mais perto estava, mas que começava a ficar coberto por um céu cinzento, cada vez mais escuro, adivinhando tempestade, o que não seria problema para o alpinista, porque transportava uma boa tenda que o poderia abrigar até a tempestade passar. Levantou-se uma forte ventania e as rajadas eram cada vez mais fortes. Achou por bem armar a tenda e esperar. Ora, o que aconteceu, como que num passe de magia, foi uma forte, mas mesmo muito forte rajada de vento, tão forte e tão rápida como um relâmpago, que, zás, cortou o cume da montanha, que foi pelo ar e noutra montanha, sem cume, pousar! O alpinista ficou perplexo! O cimo da montanha tinha-se transformado numa planÃcie! Mas, assim como tinha vindo assim desaparecera o vento, voltando a ficar um dia cheio de sol. Dos olhos do alpinista correram lágrimas de desgosto ao verem o cume da montanha cortado e noutra, lá longe, pousado! Suas lágrimas formaram um pequeno riacho, montanha abaixo! No caminho, de regresso a casa, vendo que água que no riacho corria eram das suas lágrimas, reparou nuns coloridos peixinhos, e achando-se que o riacho era seu, apanhou alguns e trouxe-os para o seu aquário. Agora, quando os observa, lembra-se sempre do vento, e daquela forte rajada, que o cume da sua montanha tinha cortado e noutra estava pousado! Agora, subir a qualquer cume nunca assume! Há sempre imprevistos, nunca vistos! Mas, ficara famoso, porque a ninguém tal tinha acontecido! ……………….xxxxxxxxxxxxx…………….. Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo Gondomar
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