josé torres
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« em: Março 08, 2009, 17:13:16 » |
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Vi nas notÃcias da tv que a Barbie faz hoje cinquenta. Sou sincero, não me lembro de ela ter vinte e suspirar por ela. A minha primeira boneca chamava-se Miguel. Sei o que estão a pensar… Segundo me contam, eu tinha conquistado essa criança aos espanhóis, numa ida familiar à s compras, lá pelos anos quentes, em que se passava carne e outros bens pela fronteira do medo. Pelo menos para mim, que tinha meia dúzia de anos e via a Espanha como uma coisa abstracta, que logo que passada a linha exacta de fronteira, se iria transformar numa espécie de paraÃso de brinquedos e caramelos que se agarravam aos dentes, mas guardado por homens maus. Lembro-me de a minha avó Beatriz me armadilhar com bifes da vazia na volta, prestes a rebentar de ansiedade, não pela carne clandestina que daria um jeito na economia familiar, mas pelo brinquedo reluzente. Um forte de Ãndios uma vez, camuflado na mala do carro. E não me envergonho de ter brincado com um boneco tipo chorão chamado Miguel, porque acho que foi por amor que o salvei à s mãos dos espanhóis. Ouvi hoje dizer que a Barbie se tornou uma senhora. Pediu o divórcio do troglodita do Ken, e prepara uma nova saga: A mulher independente e madura que já sofreu algumas plásticas, mas está pronta para vestir as melhores criações, jantar nos melhores restaurantes, andar nos melhores carros, como se lhe tivesse saÃdo o jackpot do euromilhões Afinal, falamos de um ser de eleição, acarinhado por milhões de crianças no mundo…como parte de um american dream que se estende sem fronteiras. Se isso é preocupante? Bem mais que o facto de eu aos cinco ter brincado com um boneco tipo chorão chamado Miguel. Acreditem, que vos digo eu, farto de Barbies aos quarenta!
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