Que interessa o que se deve? O que interessa são obras!

[Figas de Saint Pierre de]

Que interessa o que que deve?  O que é preciso sâo obras!

O  mimistro das Finanças disse que já nem sabe onde cortar mais.
Não sabe? Sabe sabe, mas  os políticos fingem que não sabem onde cortar, mas sabem bem onde gastam à tripa fôrra!.
Aliás, os políticos são a amostra do povo que temos e só temos o que merecemos! Passam a vida, como muito povo,  a gastar mais do que devem, e o país, com tantas mordomias, mais parece uma monarquia com direitos materiais divinos, concedidos aos grandes senhores,  no poder,, com royalties inaceitáveis!

Aliás, o ex- Presidente da República, Jorge Sampaio, num debate da televisão, chamou a atenção para o desinteresse do povo para com a política e os políticos. Prega-se o sentido e o interesse do Estado na coisa pública, mas na prática,  o que interessa é o interesse individual ou de lobies na execução das políticas,  não o interesse nacional.
Veja-se  exemplos das câmaras,  Lisboa, Porto, Gaia e Gondomar, etc, altamente endividadas, mas os seus presidentes, por interesses eleitoralistas, tendem sempre a aumentar a dívida, por esta e aquela razão, e não a diminuí-la.

Para o Povo, um bom Governo local  ou nacional é aquele que faz obras, não lhe interessando donde vem o dinheiro e se o país fica empenhado para as gerações futuras. Em Gondomar, por exemplo,  quando se censura a dívida da Câmara, logo surge o “consolo” dos seus defensores que afirmam:
“Não interessa o que o Valentim gasta logo que faça obras”.
A preocupação do povo  com a dívida é quase nula.

Ainda recentemente, o Presidente da República veio inaugurar a marina da Afurada, em Vila Nova de Gaia. O que  é que ele fez?  Elogiou a obra, mas não se preocupou em saber quanto é que a Câmara de Gaia deve e perguntar como é que vai pagar!
Esta filosofia de se fazer obras com o dinheiros dos outros deu no que deu: a chegada ao fim da linha de crédito ou a juros altíssimos!
Agora muitos vão gemer,  e se Teixeira dos Santos não sabe onde cortar mais, não há problema. Quando faltar a massa o corte será geral!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar