vitor
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Olá amigos.
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« em: Fevereiro 17, 2009, 21:30:42 » |
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A janela inclinada, sabes, debruçada, de bruços para um horizonte aberto para as cores infinitas onde durmam catadupas delirantes de linhas rectas num mar reflectido nos restos belos desta luz por entre os meus olhos cálidos separados um do outro, olhando-me entre um olhando-se disperso de mim, um ou outro, saboreando em si o sal distante, coloca tu, tu agora, que se faria tarde mais tarde dizendo das essências, sozinha, nesta cor inventada de um momento contra a falésia díspar do pôr-do-sol, encanto-me sozinho em mim como tu Pandora, quantos cantos a vida olvida este desencanto escondido na areia solta frente a ventos, frente momentos catapultados pela irrisória objecção de vozes de ninguém no que será vandalizar o sonho, esse eco vazio de ressonâncias sem sentido eu sei, como ser sentir na verdade a disfunção do que dizes e não gosto, das entranhas de outros de gente vã, neste mar sabes, lugar um dia comum vulgo sem a mesma fantasia de cores dilacerantes enchendo-me sim, ricochete queria e diria um dia quero, não me sinto, não vou, na cor inventada Pandora, desta janela encontrada onde possamos quem sabe, encontrarmo-nos, inclinada também tu de semblante fiscalizador um natural olhar de desdém o mar alem, crispação dos afectos num boiar infecundo sobre as espumas sem rumo que os olhos ao fundo se entretenham quem sabe, degustar sem sentido este declinante momento de afectos que invento, à janela debruçada tu, Pandora.
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